terça-feira, agosto 01, 2006

Ampliando nossos horizontes


Eu queria entender o que nos faz, depois de adultos e conscientes, termos medo de desvendar novas fronteiras, desbravar novos horizontes em nossas vidas. Engraçado é que quando crianças, que não sabemos os riscos que corremos e somos destemidos por ignorância, fizemos grandes descobertas e crescemos nossos horizontes como num piscar de olhos. Por que agora não fazemos mais como antes? Por que temos medo?

Quando pequenos, vamos aprendendo nossos domínios gradativamente. “Este é o colo da mamãe”, “este é seu berço”, “este é seu quarto”, “esta é sua casa”, “este é seu bairro”, “esta é sua cidade”, “este é o seu estado”, “este é o seu país”. Aos poucos, vamos aprendendo que nossas fronteiras são amplas, e fogem ao alcance dos olhos. Sorte que os homens mais sábios criaram mapas.

Então, começamos a tomar posse pelas coisas ao nosso redor. “Minha casa”, “meu carro”, “meu emprego”, “minha igreja”, “minha família”, “minha namorada”, “meu dinheiro”, e por aí vai. Implantamos em tudo ao nosso redor o mesmo conceito que nos foi ensinado quando crianças, mas, aos poucos, começamos a olhar para um horizonte menor e bem menos amplo do que era o apresentado quando jovenzinhos com olhos famintos.

Nos fechamos. Começamos a impor de fato o nosso domínio, e começamos a ficar enraizados nas coisas que achamos que são nossas. Temos medo de perdê-las, assim como um cachorro tem medo de perder seu osso. Nos tornamos pessoas adultas, conscientes, mas ao mesmo tempo medrosas e evasivas. Temos medo de ampliarmos nossos horizontes, e acabamos vivendo uma sub-vida em relação ao que nos foi mostrado na infância.

Quanto medo um trabalhador tem de perder seu emprego? Quanto medo um apaixonado tem de perder o amor-de-sua-vida? Quanto medo uma mãe tem de perder um filho? Quanto medo um rico tem de perder seu dinheiro? Quanto medo um poderoso tem de perder o poder? Vivemos à sombra de um medo que não deveria existir, nunca. Afinal, se cremos que Deus é dono por ter criado todas as coisas, deveríamos entender que Ele nos deu por domínio tudo. Por conseqüência, fomos criados por Ele e pertencemos a Ele também, para assim sermos parte de um todo que não tem limites. Um universo de amplitude. Um horizonte infindável como os poderes que nosso Pai Celestial tem. Afinal, somos Seus filhos.

Temos que deixar de olhar para os horizontes que nossos olhos vêem. Temos que imaginar que o horizonte que nos foi dado, é o mesmo horizonte que os olhos de Deus vêem: tudo.

Para complementar a idéia, seguem versículos que podem comprovar o que eu digo.

Sobre Deus ser dono de tudo, e seus limites além do que humanos podem construir:
”O Deus que fez o mundo e tudo o que nele há, sendo ele Senhor do céu e da terra, não habita em templos feitos por mãos de homens.” – Atos 17:22

Sobre o fato de que aqueles que impõem limites para desbravar os horizontes para suas vidas através de seus próprios olhos acabam perdendo o melhor que a vida pode dar:
“Quem achar a sua vida perdê-la-á, e quem perder a sua vida por minha causa, achá-la-á.” – Mateus 10:39

Sobre os que mantém suas “riquezas” (considerando riqueza qualquer coisa que não queiramos perder) perdem a chance de ter posse junto ao Pai do reino dEle:
“Quão dificilmente entrarão no reino de Deus os que têm riquezas!” - Lucas 18:24b

Sobre ser como criança para entender a grandiosidade do que podemos alcançar:
“e disse Jesus: Em verdade vos digo que, se não vos converterdes e não vos tornardes como crianças, de modo algum entrareis no reino dos céus.” – Mateus 18:3

Espero que estas palavras todas que disse e referenciei sirvam para que eu e você compreendamos o quanto Deus quer nos dar por horizonte: O universo todo que é o Reino dEle.