terça-feira, agosto 29, 2006

A Fragilidade da Vida

4 Faze-me conhecer, SENHOR, o meu fim e qual a soma dos meus dias, para que eu reconheça a minha fragilidade.
5 Mediste os meus dias a palmos; o tempo da minha vida é como nada diante de ti. Na verdade, todo homem, por mais firme que esteja, é pura vaidade.
6
Na verdade, passa o homem como uma sombra; em vão se inquieta; amontoa tesouros e não sabe quem os levará.
7 E eu, Senhor, que espero? Tu és a minha esperança.
- Salmo 39:4-7

Em meus pensamentos vagos, parei para pensar na infinita fragilidade de nossa vida. Mas não na fragilidade física ou na fragilidade fisiológica de nossos corpos compostos de proteínas. Pensei na fragilidade acerca de tudo que nos rodeia. Na fragilidade de nossas certezas.

Temos empregos, temos amigos, temos dinheiro, temos conhecimento. Mas, qualquer certeza que temos sobre estas coisas são, em sua totalidade, vaidades que amontoamos com uma tola esperança de que sob elas poderemos nos abrigar. E saiba que não são apenas os arrogantes, os inteligentes ou os sovinas que são atacados pelo mal de crer que suas “certezas” são seus refúgios: todos nós, eu e você, em muitas situações somos cúmplices do mal que é crer que temos refúgios sem necessitar de mais “nada”.

Quantas pessoas não perderam rios de dinheiro da noite pro dia? Quantas pessoas acordam felizes por estarem indo para o trabalho, e voltam para a família com a cara fechada falando que perderam o emprego? Quantas pessoas que se acham inteligentes e capazes de raciocínio já não tomaram decisões absurdas? Na verdade, todo homem, por mais firme que imagine que esteja, está olhando apenas para sua própria vaidade.

Todas estas coisas são tesouros que não sabemos quem irá levar. Buscar o sustento, a sobrevivência, o futuro, sem dúvida são coisas que devemos buscar. Mas não devemos apenas viver acreditando que estas coisas nos trarão tranqüilidade. Na verdade, elas não trazem tranqüilidade alguma, pois elas são instáveis e incertas. O correto é compreender que nossa esperança, nossa tranqüilidade, está apenas no Pai, que sabe de nossa fragilidade, que sabe cada um dos dias que teremos até nosso fim, que sabe o quão frágeis somos.

Fragilizemos-nos perante Deus. Peçamos para nos mostrar o quão frágil Ele sabe que eu e você somos. E assim, ao sentirmos a fragilidade de tudo ao nosso redor, entenderemos que nossa esperança deve ser apenas Ele.