quinta-feira, setembro 01, 2005

Releitura Escrita

Hoje vamos tentar uma nova forma de fazer literatura. A partir de obras de arte e gravuras que podemos achar nas profundezas da internet, vou criar textos com o contexto do que a obra me fizer refletir. Ao iniciar com esta viagem literária de fazer uma "releitura escrita" da obra em questão, espero que eu consiga dar mais cor as páginas deste meu blog.

Operários

Dia após dia,
Acorda o operário.
O relógio desperta,
Já está no horário.

Beija a filha,
Dá um gole no café
Despede da esposa,
Em Deus sua fé.

Desce do lotação,
Sobe em um trem.
Cumprimenta o amigo,
Vai pra obra também.

Evolui a metrópole,
Vai do solo ao teto.
Desaparece com o céu,
O Arranha-céu de concreto.

Coopera ao progresso,
Com a construção.
Seu modo, sua ordem,
Progride a nação.

Soa o apito,
Retoma o itinerário.
Ainda não é sexta,
Nem aumentou seu salário.

Ao chegar em casa,
Tenta se livrar da tensão.
Senta na poltrona,
Liga a televisão.

O noticiário do dia,
Ele vai assistir.
A empreiteira que trabalha,
Acaba de falir.

Ao pai de família,
Preocupação do sustento.
Agora o medo,
À mesa toma assento.

Dia após dia,
Acorda o operário.
O relógio desperta,
Já está no horário.

Currículo na mão,
Persiste a animosidade.
Procura outro emprego,
Por toda a cidade.

Rony Gabriel

(dados da obra:
Eugênio de Proença Sigaud
Operários
110 x 75 cm
óleo sobre tela
Ano: Séc 20 - Década de 60
retirado do site http://www.pinturabrasileira.com/)

Comentarios: 1

Anonymous Anônimo   diz...

Aprendi muito

9:30 PM  

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