sexta-feira, abril 28, 2006

Acho que eu nunca quis uma namorada. Na verdade, eu queria mesmo era um futuro.

Acho que nunca quis namorar para apenas curtir a outra pessoa. Desde sempre, desde a primeira garota que eu disse que queria namorar com ela, eu sempre tive a visão que queria com esta pessoa um casamento, uma vida feliz. Ao menos, acho que eu não estava errado no pensamento, mas infelizmente eu era jovem demais e naquele momento não seria nada interessante um casamento para minha vida.

Assim, anos atrás, uma menina até se interessou por mim. Mas foi aquela coisa simples e adolescente, de achar a outra pessoa “bonitinha” e nem se preocupar muito com isso. Certamente, naquele dia, eu não estaria apto a ficar para o resto da vida com aquela garota, tanto por eu ser jovem quanto por ser totalmente imaturo da vida e do coração. Então, mesmo quando eu até senti alguma coisa de maneira recíproca por aquela garota, meses depois, ainda sim nada aconteceu.

Anos passaram, e reencontrei-a. Os tempos são outros, nossas cabeças e corações são outros, mas ainda é cedo para ficarmos junto. Noto que Deus sabe disso, e eu tenho buscado entender, pois sei que no meu interior, tudo que eu mais queria era ficar com ela agora, e para o resto de todo sempre. Só que Deus sabe a hora certa para nós. Sabe o que ainda falta aprendermos para ficarmos juntos plenamente.

Vejo que eu poderia talvez ter passado todos estes anos sem beijar um outro lábio sequer, se eu tivesse compreendido lá atrás que o que eu queria era um futuro, um compromisso com uma mulher, e não relacionamentos precoces. Assim, agora entendo que eu posso passar o resto de minha vida esperando por ela. E melhor ainda: Deus me tem mostrado ela e certificado que é ela a mais provável pessoa a ser este compromisso que eu sempre quis para o futuro de minha vida.

Sei que amo esta mulher. Sei que tenho colocado no meu coração a determinação em esperar por ela, fielmente, pois não sentirei falta de beijo, carícia, abraço ou afeto de pessoa alguma, senão apenas dela. Então, se não tenho ela, busco a Deus, que é o bálsamo de todas as carências de nossos corações.

Mas, bem que eu queria que Deus desse uma acelerada neste relógio dEle, que conta o tempo que falta pra eu chegar ao futuro que sempre quis e ficar com ela pra sempre... =)

LUIJVM&ALM

segunda-feira, abril 24, 2006

Até daqui a pouco...


Debbie, meu amor...

Obrigado por ter me feito feliz por todos estes dias presente aqui pertinho de mim. Que teu amor, carinho, afeto e cuidado possam alcançar as distâncias mais longínquas, através do Espirito Santo de Deus que habita em ti.

Todos vamos sentir tua falta. Mas eu sei, isto é só uma vírgula em nossa história. Os melhores dias de minha vida eu ainda não vivi, e vou te esperar para que possamos vivê-los lado-a-lado.

Até daqui a pouco, quando Deus nos quiser juntar novamente.
Te amo, e te esperarei o tempo que for.

LUIJVM&ALM

Rony Gabriel

sexta-feira, abril 14, 2006

Eu tenho fé que sim!

Eu tenho uma águia no papel de parede do meu computador. E uma coisa que eu noto é que ela tem olhos que fitam algo. Algo que eu mesmo não sei o que é. Algo que ela sabe o que é. Será que eu fito algo com meus olhos? E com meu espírito?

Antigamente, eu era apenas um rapaz que vivia. Vivia sobrevivendo dia após dia. Tentava encontrar metas em minha vida para me convencer que eu tinha uma importância para este mundo. Eu tinha algumas coisas como certezas. Relacionamento, trabalho, amigos, paixões... E tinha meus olhos fixos nestas coisas.

Certo dia, tudo desmoronou. Tive dias que eu senti que não tinha motivo para viver, para comer, para trabalhar, para estudar. Tudo não passava de um teatro que dia mais, dia menos, eu descobriria que teria um fim trágico, sem aplausos, sem méritos, sem prêmios. Talvez, esta é a vida de muita gente por este mundo afora. Acordar, e lutar consigo mesmo para se convencer que existe um motivo para se viver mais um dia sobre esta terra.

O bom de ter perdido quase tudo, foi que eu restei apenas com uma coisa que eu tinha: Fé.

Se eu pensava na morte, minha fé me dizia “calma, ainda tem mais”. Se eu pensava no azar, minha fé dizia “calma, você ainda vai vencer”. Se eu pensava na solidão, a fé dizia “espera, eu ainda tenho aquela que você vai amar”. Se eu pensava em qualquer coisa que fosse, a fé me dizia para ter paciência.

Então, eu vi que manter os olhos fixos nas coisas poderia ter sido minha ruína. Entendi: eu tinha que colocar meu coração na fé. Tanto que no dia seguinte a uma de minhas maiores lutas se iniciarem, eu estava lá dentro da casa de Deus, soluçando de tanto chorar, pois eu ainda tinha fé, mas meus olhos não viam futuro algum pra mim. A fé tinha olhos para meu destino, mas eu mesmo, não.

Faz um ano que voltei. Um ano que renasci para uma nova vida, onde eu posso deixar minhas dúvidas na mão de um ser impressionante. Deixar minhas vontades no colo deste Senhor que cuida de cada ovelha sua como o bem mais precioso que Ele tem.

Eu não sei o que minha águia olha, mas sei que seja o que for, ela tem fé que vai conseguir. Eu agora tento olhar para o mesmo lugar que minha fé olha. Será que vou conseguir, daqui um tempo, falar tudo o que a fé em Deus me garantiu? Eu tenho fé que sim!

Abraços ao pastor Emílio e sua família em BH,
por terem me acolhido e me dado mais motivos
para crer que ter fé em Jesus foi minha maior vitória.

segunda-feira, abril 03, 2006

Dois Homens, Duas Vitórias

Era o fim da tarde de uma grande guerra entre dois povos. O campo de batalha já estava ensangüentado e cheio de defuntos quando alguns remanescentes desta matança mútua se emparelharam. Dois homens. Um senhor experiente e sábio, e um jovem destemido e perspicaz.

E começaram uma disputa de espadas e escudos como talvez jamais aquela terra marcada pelo sangue de combatentes já viu. Um jovem que a cada ataque buscava a vitória sobre seu dificultoso oponente; um senhor que a cada golpe desferido buscava suplantar suas dificuldades físicas devido ao tempo de sua vida. Uma real cena digna de enfoque durante toda esta guerra.

Foram momentos fortes. Tensos para ambos aqueles homens. Tão tensos, que quando notaram as trombetas do povo daquele senhor indicando que batessem em retirada, ambos se olharam e suas faces enegreceram. Ficaram com um olhar de que algo havia sido arrancado deles. Talvez, o direito de lutarem até a morte.

O jovem sabia do valor do seu oponente. Sabia que mesmo um velho homem, de ossos cansados pelo tempo, não se deveria subestimar. O velho homem sabia o valor de seu desafiante. Sabia que da coragem e determinação daquele jovem não deveria duvidar. E ambos entenderam o quanto eram pessoas abençoadas. Abençoadas por juntos, um ao outro, aprenderem que nem o mais simples, nem o mais forte, nem o mais violento, nem o mais rápido, nem o mais poderoso, nem nada, podem suplantar a vontade de um homem em buscar vitória nas suas batalhas.

Naquela batalha, ambos saíram vitoriosos. Mesmo sendo o povo do jovem que venceu a guerra. Mesmo o povo daquele senhor que foi subjugado.

* * * * *

Um casal estava feliz por viver uma história de amor. Se amavam, muito. Algo que vinha de dentro para acreditar que era para a vida toda. Algo que acreditavam que não haveria barreiras para os impedir de amarem-se.

Viviam algo inédito. Um amor que superava as modas e os prazeres que se viviam naqueles tempos. Um casal se importava em querer que tudo fosse diferente do que acontecia naquelas terras.

Desde que a guerra terminou, e o povo mais forte tomou posse de tudo, houve uma enorme onda de assalto às antigas famílias que existiam. Os guerreiros daquele povo vencedor tomavam a força às viúvas daqueles que morreram na guerra pelo fio de suas espadas. Mas no caso deste casal não. O jovem entendia bem que não era assim que deveria ser feito. E foi lutando contra um outro homem, do mesmo exército que o seu, para defender uma jovem donzela que nem viúva era, que ele encontrou aquela que seria a mulher que ele amaria, e que amaria a ele.

Naquela briga com o outro oficial de seu exército, fora da guerra, fora do campo de batalha, ele lembrou da luta que teve com aquele velho senhor durante a guerra. E notou que o oficial que queria abusar da pobre moça subestimou a sua juventude. De maneira curiosa, um adversário seu o respeitou, mas um oficial de seu próprio exército o subestimou. E pelo fio da espada daquele jovem o oficial com intenções maléficas para com aquela garota foi morto. E o jovem teve que fugir para outro lugar, para não ser julgado pelo seu próprio povo.

O resto da família daquela garota havia conseguido ir para um lugar distante. Já a jovem havia sido capturada tempos antes, e foi naquele momento que o rapaz resolveu que ambos iriam ao encontro da família dela, para pedir refúgio.

Tanto andaram e fugiram de seus perseguidores que um dia conseguiram os vencer pela determinação. Despistaram todos os seus algozes. Ao chegarem a casa da família daquela moça, era notável a alegria deles por verem a vida daquela que achavam perdida retornar dos calabouços daquele povo perverso para o seu lar.

Ao notar o agito a porta, o pai do fundo da casa saiu. E nunca esqueceria daquele rosto jovem daquele combatente que ele lutou no campo de batalha. Ambos estavam novamente se olhando no rosto. Dois homens, cada um de um povo, cada um de um lado da guerra, e se encontraram novamente, porém agora sem espadas nas mãos.

O pai daquela moça, que era o velho experiente senhor naquela guerra, estendeu a mão para o jovem rapaz. E o jovem rapaz o cumprimentou. O sábio homem sabia que tinha um valoroso rapaz a sua frente. E o fez tratar de saber que ele confiava naquele jovem para ser o esposo de sua filha. Confiava, pois mais que pela vitória, aquele jovem lutava por princípios. E assim, apertando a mão de um dos seus maiores adversários em toda vida, o jovem recebeu a mão da filha daquele homem em casamento.

Nunca subestimar a experiencia de seus oponentes, foi vitória para aquele rapaz. Nunca subestimar a determinação de uma pessoa, foi vitória para aquele senhor.