domingo, setembro 25, 2005

Privada à Jato nº 2 - Frases de Rony Gabriel

Para todos vocês, algumas frases que eu escrevi ao longo de minha caminhada nesta vida.
Frases de Rony Gabriel!

"Olhe, não sorria. Sorria, não beije. Beije, não ame. Ame, não decepcione-se..."

"Antes de querer meus lábios, queira a minha perseguição em estar com você"

"Ao diabo não nos cabe errar, mas sim nos fazer ter dúvidas se fizemos algo certo"

"A dor pode ser incômoda, mas passará. Só não passamos da morte"

"Ame quem você mais odeia. Só assim, um dia, esta pessoa vai ter a chance de notar que lhe magoou."

"O outono é muito bonito se você notar que a sujeira das folhas no chão são para colorir o concreto de nossas ruas."

“'O amanhã', tu me pergunta? 'Vivo amanha', te respondo."

Abraços aos amigos fieis que me lêem sempre.

Rony Gabriel

quinta-feira, setembro 22, 2005

As Melhores Coisas

Onde estão as melhores coisas para nossa vida? Que lugar temos nós que procurar para encontrar aquelas coisas que farão a mim e a ti mais felizes? Refletindo bem, as melhores coisas não foram escolhidas por nós, mas apenas aconteceram. Então, não basta procurar, mas sim deixar acontecerem naturalmente.

Sozinho, triste, solitário... É fácil enumerar a quantidade de sensações que nos fazem pensar que algo falta em nossas vidas. Um carro, uma casa, um emprego novo, um namorado. Sempre achamos que falta algo. E que, lógicamente, este algo vai nos trazer felicidade que achamos que queremos.

De maneira pouco inteligente, quase nunca paramos para analisar que muitas das grandes coisas que aconteceram na nossa vida, ou que nos fizeram grandemente felizes, foram as coisas que aconteceram sem nossa escolha direta, sem nossa busca por elas.

Exceto os filhos únicos, podemos afirmar que nossos irmãos são grandes pessoas, da qual morreríamos para defendê-los. Podemos brigar com namoradas, com esposas, com amigos, mas os irmãos não. Com estes, desentendemos facilmente, mas mesmo assim, se passam alguns dias, ou até às vezes horas, e logo se falam como se nada tivesse acontecido. Você vai me dizer que tem casos de irmãos que nunca mais se falaram, mas garanto que isto é mais por orgulho do que por infelicidade com o irmão.

Amigos. Estes, com certeza não escolhemos facilmente. Eles apenas acontecem. Surgem na escola, na vizinhança, no trabalho, no boteco, na casa da namorada, em diversos lugares. Geralmente, não escolhemos quem serão nossos amigos, mas com o tempo você vai se identificando com um e com outro, e logo estão sempre a sair juntos, sempre a se falar, e sempre a desejar um bom futuro para o outro.

Empregos, como quase tudo nesta vida, dependem da confiança de uma outra pessoa em você. Mas a sua competência conta muito. E nem sempre somos escolhidos para trabalhar num lugar onde de fato você vai encontrar pessoas com as competências semelhantes a sua. Na verdade, o que faz o emprego ser uma vitória agradável em nossa vida, é que ele está lá, diariamente, para que possamos mostrar novamente nossas competências e dizer que somos fieis a ele. E geralmente, quando se está em um que lhe realiza, não há motivos de querer escolher outro. Portanto, nem sempre somos nós que escolhemos um emprego, mas eles que nos cativam.

Agora, o ponto forte é falar do namoro. Sim, o namoro é uma união poética de todos as coisas que eu citei acima. O segredo do namoro sobreviver é saber que ele é uma mostra de competências, onde deixamos surgir alguém que as veja e se identifique, e que nos motivará a morrer em defesa desta pessoa.

O namoro deve ter estes atributos para perdurar os dias de turbulências nos sentimentos. Quantos namoros não acabaram por fim da devoção de fazer de tudo para a outra pessoa? Quanto não por falta de identificação com a contraparte? E outros ainda por falta de competência por um dos dois? Simples, temos algumas lições da qual vemos que deveriam ser observadas para mantermos quem amamos do nosso lado.

E aí, vem a pergunta: Onde estão as melhores coisas? No nosso coração! Não precisa de um carrão para ser feliz, ou de um emprego descomunalmente bom, ou amigos perfeitos e sempre-sorridentes, e nem tão pouco de uma namorada. É errado falar que para ser feliz, você precisaria de algo.

O que você precisa, são de chances. De chances de seu coração sentir tudo isto que falamos pelas coisas que estão ao nosso redor. O outono é muito bonito se você notar que a sujeira das folhas no chão são para colorir o concreto de nossas ruas. Nem tudo é uma falta, mas sim, uma etapa.

Sobreviver aos males da terra é uma luta que não é de hoje, quando você perdeu um namorado, ou um emprego, ou bateu o carro, ou um amigo faltou com você. Sobreviver aos males da terra é algo que vem desde o nosso primeiro suspiro neste mundo, sofrendo ao tentar respirar um ar desconhecido, que não surgia por nossa própria vontade. Você está aqui hoje porque escolheu nascer? Eu diria que não, mas você é uma das melhores que aconteceu para muitas pessoas. Inclusive pra mim, se você está lendo-me e prestigiando meus pensamentos.

Então, sobreviva, e sempre lembre que as melhores coisas que nos aconteceram, não foram nós que escolhemos. Foi Deus!

Rony Gabriel

(aproveitando, queria pedir desculpas a todos pela falta das atualizações diárias. É que estou em semana de provas na faculdade e outros projetos que tenho estão tomando parte de meu tempo também. Vou começar a atualizar com uma frequencia menor, também visando que todos possam ler o que escrevo, sem se tornarem escravos das minhas atualizações diárias =D )

sábado, setembro 17, 2005

Expectativas

Já notou que o maior motivo da frustração humana vem não das pessoas e coisas que não são o que deveriam ser, mas sim de nós, que pensamos que elas seriam algo bem maior/melhor do que realmente são?

Veja. Você entregou um currículo naquela empresa enorme, que todos falam bem e dizem que tem um local de trabalho excelente. Foi chamado para a entrevista, passou pelo RH e foi contratado semanas depois. Neste tempo você ficou curtindo no sal e vinagre aquela expectativa de ser um bom emprego, um lugar aonde você falaria: “Daqui, nunca mais saio”. Mas, ao entrar, e ao passarem uns 3 ou 4 meses, a desilusão. Tudo dentro da empresa é bem inferior ao que você imaginava, ou senão, é tão igual ao que pensou que nem tem mais expectativas de melhorar. Uma pena, a desilusão veio. Mas de você mesmo.

Quer ver como você já passou por algo semelhante na infância? Natal, a espera daquele tão maravilhoso trenzinho elétrico que todos seus amigos tem, menos você. Lógico, sua família não era rica, e passava por algumas dificuldades que você, como criança, nem saberia entender. Aí, manha de 25 de dezembro, vai-se abrir as caixas, e o único presente que tem lá é um pequeno conjunto de peças de madeira, para se construir castelinhos. A dor no coração do pai de não poder dar ao filho o que ele deseja é horrível, mas para criança não importa. Só se passa na cabeça dela que não conseguiu aquilo que sua expectativa desejou.

Por estas e outras, temos que ver que a expectativa é uma faca de dois gumes, tremendamente afiada, e com muita sede de cortar nossas felicidades em pedacinhos.

Eu sofri muito quando em minha vida, colocava expectativas nas pessoas ao meu redor. Acho que ainda faço isso de vez em quando, mas estou me preparando melhor para ter minhas expectativas frustradas.

Exemplos de minha vida foram muitos. Não vou enumerar, mas em um, a pessoa que mais coloquei expectativas quando a conheci, foi a que mais correspondeu. Passei uma felicidade tremenda por um bom tempo, mas um dia, a expectativa de um futuro junto foi frustrada. Desilusão, dor, raiva, ódio, até que aos poucos eu voltei a mim e hoje estou aqui novamente, achando um novo rumo para todos meus pensamentos e sentimentos. As expectativas se foram mesmo. Agora, tenho apenas vivido minha nova vida, sem expectativas.

Não acredite que alguém é como você imaginou. Não ache que um presente é aquele que você queria. Não imagine que aquele lugar era o que você desejava. Apenas, viva a vida, sem expectativas, e deixe as coisas lhe surpreenderem ao se mostrarem como realmente são: Bem melhores do que você poderia ter imaginado.

Rony Gabriel

quarta-feira, setembro 14, 2005

A Porta (carta para um passado que passou)

Estive diante da porta por muito tempo. Todo tempo depois que acabou eu estive diante da porta. Não entedia o que eu sentia, não entendia o que eu queria. Eu via a porta, via minha vida pelas frestas dela, mas tinha medo de abandonar a vida que vivi até ser colocado diante dela.

Há alguns dias, eu tomei a decisão de passar por ela. E hoje, se você estiver lendo esta carta de alguma maneira, pode ser que o que ficou para trás da porta que eu fechei ao cruzá-la. Eu posso estar sendo injusto com meu futuro. Será que outras portas não vão me levar ao ponto inicial? Tenho medo de ficar imaginando, pois foi em minha imaginação que criei contextos em acreditar que você voltaria, que você notaria que a escolha que fez foi triste não só para mim, mas para você também.

Ao Diabo nunca nos coube errar. Ao errar, sabemos que erramos, e pagamos o pecado. Mas sim cabe a ele nos fazer sentir a incerteza. Sentir a dor de não saber que fizemos algo certo ou errado. Por isso sei que desta historia toda, não sou eu o errado. Simplesmente por saber que não fui eu que tomei decisão alguma em relação a ti.

Talvez, você nunca volte. Talvez nunca note que eu desapareci. Mas se um dia notar, sim... Será a hora do Diabo tocar sua vida. Dele mostrar a ti que tens dúvida em seu coração. Tens dúvida se a escolha foi certa ou errada. Até lá, viverei meu silencio, ouvindo os gemidos de meu coração como quem ouve um mendigo humilhar sua vida por um pedaço de pão.

Sei que te tirei de momentos de minha vida, antes que você me tirasse de toda a sua. Sei que isso lhe feriu grandiosamente, e sei que no fim, eu fui culpado de muito do sofrimento que até cruzar a porta eu sofri. Mas sei que se fui esfriando, não fui só eu que esfriei. Sei que tens culpa nesta história também. Afinal, por quantas vezes eu me preparava, feliz em saber que sairia contigo, e eis que você simplesmente afirmava estar cansada, e resolvia sentar no seu sofá, e se esquecer que eu estava ali quente para lhe aquecer.

Eu lutei muito. Fui teu parceiro nas danças de tua vida. Quando choraste por contas de coisas que seus entes queridos não podiam ajudar, eis que eu estava lá, para lhe enxugar as lágrimas. Sei que chorei por várias noites quando você viajava, pois eu não podia estar contigo. Sei que larguei empregos por você afirmar que não sentia-se feliz em me ver neles. Sei que angustiei pelas férias que queria ter passado do seu lado. No fundo, eu aceitei os momentos que não podia estar contigo, mas você nunca aceitou os que você não pode...

Será que eu fui pouco carinhoso? Será que ter estado do seu lado simplesmente porque me apaixonei uma vez por você, por saber que gostava de ouvir tua voz do outro lado do telefone, foi um engano grotesco? Queria acreditar que Deus fez isso para me tornar melhor. Para eu aprender que nem tudo podemos ser, podemos ter, podemos fazer.

Não consigo. Deus nunca vai me livrar do fardo de saber que te amei. Nunca vou livrar-me da dor de saber que mesmo que você hoje esteja aqui lendo esta carta, arrependida, eu por muito tempo perdi você.

Não sei ainda o que eu perdi depois que cruzei a porta. Este é meu documento de despedida da vida que deixei para trás. E por isso quero atestar para o mundo que eu sei que lutei. Que eu sei que fui alguém especial na tua vida. Pois se você lê isto agora, você também sabe bem disso.

Sofri por saber que perdi contato com seus queridos que meus também se tornaram. Sofri por ver pessoas que me diziam amar-me, começarem a amar aquelas pessoas que me machucaram. Eu entendi que o amor não é uma coisa para termos pelos outros, mas sim por nós mesmo. Enquanto você esteve comigo, éramos você e eu uma pessoa só. E eu amava a ti assim mesmo, sendo você eu. Mas um dia, você se apartou de mim, carregou minha metade, me mutilou, e mutilou a si mesma. Por isso que hoje você lê isto. Por isso que hoje você procura-me em prosas pelo mundo. Procura pela metade que um dia eu levei comigo também.

Mas a porta está fechada atrás de mim agora. Não vou cruzar por ela em sentido contrário. Pode ser que Deus venha a colocar portas que me levem a algum lugar onde você esteja, mas garanto que não é me pedindo para renovar seus sentimentos que vou renová-los. É me mostrando que vale a pena acreditar que você vale a pena. Pois com tudo que fizeste, só consigo ver que não vale. Onde está o teu Deus agora? Aquele que um dia você disseste que do meu lado queria firmar com ele contrato de perseverança? Que em casamentos de nossos amigos, você imaginava o nosso.

Será que fui tolo me dedicando a você? Sendo fiel a você? Por quantas vezes eu neguei outras pessoas por saber que contigo meu futuro estava. Vi que meu futuro era sozinho quando dizias que amavas uma pessoa que não era a mim. Quanto ódio eu senti em meu coração, quantas dores não suportei na escuridão.

Mas sai desta saleta de dor. Cruzei a porta já. Vi a luz que iluminava a fresta da porta que eu tinha a minha frente. E agora vejo a luz de meu caminho. Hoje eu não sei o que sou, mas se você vem a ler isto, é porque entendeu que no fundo, quem perdeu nesta história foi você.

Mesmo que a vida nos cruze novamente, que o destino nos faça juntar, será que eu vou confiar em você como era antes? Será que terei amor como tinha por você? Será que eu vou querer viver esta nova vida que tenho na luz, com você? Será que eu, como humano, consigo lhe perdoar do mal que me fizeste quando não me disse que me perdoava dos meus?

Senti sua falta. Hoje, não sei se ainda sinto. Mas sei que se você lê esta carta, de alguma forma temos a chance de saber se Deus tem a determinação em nos colocar juntos novamente. O que posso lhe garantir, é que sempre que quiser falar comigo, vou querer lhe ouvir. E sempre que disser que se arrepende, eu direi que te perdôo. Mas não posso dizer que te amo. Não posso sem sentir que dentro de mim, a parte que me falta está em você ainda. Por isso, me mostre tudo o que você gostaria de ter visto em mim antes de me abandonar, pois não estou aqui para fazer caridade, e lhe amar como quem dá restos a um faminto. Quero amar um alguém que prove ser merecedor deste meu amor. Não sou perfeito, não quero perfeição, mas se você só me implorar, não é assim que vou notar que devemos nos unir novamente.

É engraçado dizer, mas foi maravilhosa a vida enquanto você estava no meu mundo. Mas este mundo agora não é mais o seu. Pois você mesma deixou-o para mim. E eu tomei posse dele, como tudo o que me restou. Agora, não venha pedir sua parte da herança dele. Pois eu o fiz render, crescer, e meu mundo é agora um novo mundo. Agora, sua presença já não é primordial, em vista dos calos que tenho em minhas mãos, e das lágrimas que eu chorei regando a terra dele. Meu mundo é muito maior do que era quando você o deixou. E é por isso que você tem que me provar que também é maior para viver nele.

Obrigado, por ter sido parte de minha vida. Daqui para frente, só se em meu coração sentir que nossos corações merecem uma chance. Minha mente não sente, e garanto que minha mente é muito mais enfática que seus próximos foram quando lhe falavam que nosso namoro não parecia ter muito futuro. Meu futuro realmente era para ser traçado por mim, não para você como eu vinha traçando.

Agora, Deus me tem em seus braços. E se existe alguém que neste mundo você possa conversar para tentar me convencer, é com ele. Pois humano nenhum me ajudou a me livrar de amar você, mas sim Ele. Então, o único a qual dou direito de me fazer lhe ter em minha mente novamente é Ele. Se me desejar como teu parceiro novamente nesta vida, fale com Ele carinhosamente. Ele escuta, assim como me escutou quando eu tanto sofria por ti. Convença a Ele, e Ele poderá me convencer que nós ainda temos uma chance.

Um grande abraço. Fique com Deus, e lembre-se que um dia, a um bom tempo atrás, eu desejava ser e ter uma vida eterna contigo...


Rony Gabriel

terça-feira, setembro 13, 2005

“O amanhã”, tu me pergunta? “Vivo amanha”, te respondo

Pode parecer redundante uma frase destas. Todos nos dizem: “Viva o hoje”. Mas é terrivelmente difícil para uma pessoa entender o real sentido desta frase sem experimentar dela realmente.

Quer ver só. Hoje, justo hoje, um dia normal e rotineiro, você tem certeza que seu amor lhe ama ainda? Pode ser que amanhã não mais. Mas e daí? É hoje que eu tenho que viver! E dizer que amo hoje. Não amanhã.

Sabe... No meu coração passava-se muito sentimento de tristeza por atualmente eu não ter alguém para encostar a cabeça e assistir um filme junto. Mas quer saber? Se eu tiver uma amiga do meu lado, eu vou deitar no colo dela e aproveitar o carinho que temos um pelo outro. E se esta amiga vier a gostar de dividir momentos assim comigo, nos transformamos em namorados. Mas não pelo beijo, nem pelo perfume. Mas sim pelo carinho de hoje. Se amanhã eu vou ser namorado dela, que me importa? Pra isto, vou ter que fingir ser alguém diferente hoje? Se eu tiver que agradar alguém sendo uma pessoa que eu não sou, com certeza amanhã será um dos piores dias de minha vida. Eu sei. Vivi isso por inúmeras vezes. Às vezes, até com quem tanto me amava e eu tanto amava também. Só porque tínhamos que no outro dia, no amanhã, ainda seríamos um do outro. Ledo engano.

Atualmente, se eu conheço uma garota, perco o medo de me apaixonar. Simplesmente pelo fato de que amanhã, eu tenho o total direito de não mais estar apaixonado por ela. Afinal, esta é minha vida, oras! Mas nem por isto eu sou uma pessoa que vou largar de uma para ir para outra sem pensar. Eu só terei motivos de trocar se ver que a pessoa do meu lado não está a viver o hoje comigo. Veja bem: tudo se define sempre no hoje. Então, se você está comigo, e quer me manter, me ame HOJE! Não deixe para falar o que sente amanhã. Não acredite que eu vou esperar até amanha para ouvir você dizer que me ama e quer ser minha namorada. Pode ser que porque você não lembrou de que hoje eu vivo hoje, você deixe para amanhã, quando eu não mais estiver apaixonado, para dizer que me quer por perto. E eu e você vamos perder de sermos felizes juntos.

Eu imagino a mágica que existe na virada dos ponteiros de onze e cinqüenta e nove para zero hora. Não é engraçado? Você passa de hoje para amanhã, mas automaticamente o amanhã vai para vinte e quatro horas depois. Ou seja, ele sempre está pelo menos um milésimo de segundo mais a frente que a gente, e quando a gente acha que esse milésimo será vencido, o Amanhã mostra que pode correr mais vinte quatro horas pra frente, sem esforço algum. Ele tira de nossas mãos, sem dificuldade alguma, algo que para um corredor maratonista, seria a vitória certa. Como o amanhã é traiçoeiro, não? Por isso, não confie nele para guardar suas vontades e sentimentos, segredos e dores. Ele o rouba, e corre numa velocidade que nunca, mas nunca mais você vai recuperar. Mesmo estando a um milésimo, a um “tique” do relógio, o amanhã sempre corre bem mais que nós.

Já leu jornal de dois dias atrás? Engraçado, mas o produto mais perecível que existe é ele mesmo, o jornal. Pense quanto jornalistas escrevem de madrugada, para que o amanhã o faça não valer o mesmo que valia hoje. E veja se eles desistem de escrever? Não! Eles escrevem, esmigalham as teclas e as vistas em busca de fazerem a melhor reportagem do jornal que hoje ainda, as seis da manhã, vai estar sendo entregue em nossas portas e nas bancas afora. Jornalistas sim, vivem do hoje. Então, seja você uma boa notícia na vida das pessoas. Seja hoje aquela pessoa que vai ditar o que o amanha vai fazer, e não o contrário.

Faça planos! Não digo que é errado planejar o amanhã. Mas os planos têm que ser feitos hoje, e depois executados a partir de hoje. “Amanhã começo o regime...” “Um dia eu passo na tua casa...” “Quando der eu falo pra ela que eu gosto dela...” “Amanhã eu compro um presente para meu amor...” Isto não são planos. São desculpas. Desculpas daqueles que vivem com medo de enfrentar seus medos, e bater de frente com seus sentimentos. Perca a vergonha por uma vez e solte seus lábios no rosto daquela pessoa que você tanto gosta. Se ela gostar, solte ainda nos lábios dela também. Plante uma arvore hoje. Deixe um abraço gostoso naquele seu amigo. Peça perdão para aqueles que você tem diferenças. Hoje é o dia!

Você acorda de manhã. Que certeza mais você tem, além apenas de que hoje sua alma ainda é sua, e Deus não a tirou? Hoje é um milagre de Deus! Ele te permitiu acordar, com seu pijama. Talvez com seu telhado. Talvez ainda com seu armário cheio de outras roupas. Talvez com seu café na mesa. Talvez com seu carro o moto na garagem. Talvez com um emprego para ir ainda. Talvez com amigos lá para compartilhar o dia... Veja quantos “talvez” você tem, contra a única certeza que Deus lhe deu mais um dia de vida. Quem o diga os coitados afetados pelo Tsunami na Indonésia, ou pelo 11 de Setembro, ou pela Bomba de Hiroshima, ou pelo Katrina, ou pelas enchentes em São Paulo, ou pelos terremotos no Japão, ou pelos atentados em Londres e Madri, ou mesmo os assaltados na noite por um ladrão armado... Que acordaram de manhã sem ter alguns destes “talvez” para viver hoje.

Por estes motivos, o hoje é importante ser vivido hoje.

“O amanhã”, tu me pergunta? “Vivo amanha”, te respondo.

Rony Gabriel

domingo, setembro 11, 2005

Descobertas

Por tempos vivi com minha curiosidade de criança,
Procurando achar um jeito de meus sonhos realizar.
O mais perto que cheguei, nesta minha esperança,
Foi saber o que deveriam corpo e alma procurar.

Quando eu precisei dizer, eu procurei saber chorar.
Do mesmo jeito quis me mover, precisei engatinhar.
Como quando quis correr, tive que saber andar,
Mais queria poder crescer, tive que saber brincar.

Quando aprender tentei, busquei assim perguntar.
Assim tanto ensinei, aprendi a compartilhar.
Sabiamente quis futuro, descobri a planejar.
E querendo sabedoria aprendi a me humilhar.

Tanto quis ficar rico, fui em busca de poupar.
Mesmo assim só vi dinheiro quando pude trabalhar.
Foi querendo maior luxo, aprendi a não esbanjar.
Mesmo quando foi de graça tive que saber guardar.

Onde mais quis sério ser, fui então me acalmar.
Calmamente fui vencer, tive que saber lutar.
Bravamente convenci quando aprendi a falar.
Tantos homens eu uni, que consegui liderar.

Mas quando eu quis te ter, descobri te desejar.
E seu aroma poder sentir, tive que te abraçar.
Pra te ver florescer, fui então lhe cultivar.
Semente de meu viver, quero poder te amar.

Sem você eu vou sofrer, para saber esperar.
E espero seu sinal, para poder me lançar.
Quando, amor, você me ver eu querendo lhe beijar.
Me ensine a te pedir, pra poder me ajudar.

Mesmo sem você quis ter, fui contigo sonhar.
Perto de mim no meu sono, quase pude lhe tocar.
Doente eu tanto esperei, pra você remediar.
E com verbos eu tentei este cântico recitar.

Pra tornar-te um namoro, ser amigo fui tentar.
Tanto amigo eu fui teu, junto vamos nos cuidar.
Em minha vida busco a ti minha luta dedicar.
Só espero que não raie o sol que este amor esquentar.

Rony Gabriel

sábado, setembro 10, 2005

A Loja De Rações

Existia uma pequena loja de rações na cidade. Nela, existiam algumas poucas gaiolas vazias, onde provavelmente ficavam filhotes à espera de um dono. Tive que visitar esta loja algumas vezes dias atrás, quando negociava algo que me deixava extremamente infeliz...
Nas férias de Janeiro, minha família me informou que mudaríamos da cidade para uma outra, e que iríamos morar em um edifício. Notícia triste, pois minha cachorrinha não poderia seguir conosco para nossa nova morada. Ela era um filhote, que eu tinha pegado havia pouquíssimos meses.
Chorei por vários dias antes do dia da mudança. Sabia que ficaria sem minha cachorra, o que me deixava angustiado e sem esperanças. Olhava para os céus, e perguntava para Deus o por quê desta situação. Finalmente, no dia, fui levar aquele pedaço de doçura para a loja, afim de que ela ali encontrasse algum dono que cuidasse bem dela, da mesma forma que eu faria.
A despedida, dolorosa e sôfrega, me fez angustiar o coração. Comecei a pegar raiva de Deus. Cego pela ira, não compreendia que Deus sempre é sábio e guarda boas coisas para nós.
Todos dias depois da mudança eu andava pelas redondezas donde minha família havia assentado novo lar, olhando os cães como se eu procurasse a minha filhotinha. Já haviam se passado uns vinte dias depois da mudança, pude ver uma pequena cocker como a que eu havia deixado naquela cidade em que eu vivia. Num impulso automático, mesmo sabendo que era improvável a possibilidade daquela cachorrinha ser a minha antiga companheira, eu gritei seu nome. Ela atendeu.
Por uns dias, acreditei que fosse mesmo minha cachorra. Mas a razão um momento me atacou e me fez parar de crer naquela bobagem. Não poderia ser minha antiga cachorra. Eu estava em outra cidade, e lembro-me que havia deixado-a naquela loja de rações. Mesmo assim, peguei um certo afeto por aquela nova cadelinha que eu sempre passava no seu portão, para brincar pela grade mesmo que fosse.
Num dia destes, conheci a dona da pequena cachorra. Ela veio até o portão, e me viu brincando com sua companheira. Com um sorriso lindo, de lábios pequenos, porém carnudos, ela veio ao meu encontro. Balançava seus cabelos cacheados com uma maciez de sedas ao vento, e vestia um vestido que deixava seus ombros a mostra, exibindo sua bela pele morena e amanteigada. Isto tudo somado ao seu perfume, que a brisa leve trazia até meu rosto, e me fazia carícias com o seu aroma.
Eu fiquei maravilhado com a sua beleza, não menos fiquei com o som de sua voz, ao ouvir ela se apresentar e indagar o porque de fazer aquilo quase todos os dias.
Fiquei extremamente ruborizado... Ela me observava! Senti-me um tolo, mas resolvi contar a história. Contei os detalhes, desde a notícia da mudança até ao conhecer a cachorrinha dela. Ela, ao fim começou a gargalhar. Eu não entendi a graça de meu sofrimento, e fiquei um pouco intrigado com aquela desfeita. Mas ela logo pediu desculpas, e começou a explicar o que a fez rir de minha odisséia canina...
Em férias, ela foi até a casa dos avós dela. Ficava em outra cidade. Ela sempre prometia correr atrás de um filhote para criar em sua casa, mas como era uma mulher trabalhadora e de pouco tempo para ver isso em sua cidade, resolveu fazê-lo nas férias, naquela cidade de seus avós mesmo.
Foi até o centro da cidade, e passou numa floricultura para comprar algumas flores para sua avó. Ao chegar à floricultura, logo o vendedor pegou alguns cravos, e disse bem: “leve-os, pois sua vovó os adora”. Ela não entendeu como ele sabia para quem seriam as flores, mas na tentativa, resolveu levar os cravos. Antes de sair da floricultura, perguntou ao homem se existia alguma loja de animais. Ele disse que tudo que sabia era que existia a pequena loja de rações, porém havia dias que nenhum filhote aparecia por ali.
Ela, ainda com os cravos na mão, foi à loja e lá encontrou um filhote cocker que o seu dono havia a deixado ali fazia poucas horas. Ele iria se mudar para outra cidade, e não poderia a levar. Ela se apegou à pequena fofura daquela cachorrinha, e resolver levá-la para sua casa, em sua cidade.
Eu não acreditei que aquele fato fantástico estava acontecendo. Era ali, naquele portão, a minha cachorrinha. A dona não acreditava, e dava muita risada de toda coincidência que aconteceu. Eu fiquei muito feliz em saber que ainda poderia ver aquela doçurinha sempre que quisesse, logo ali, perto de minha residência.
No decorrer dos dias, passeávamos eu, a cachorra e sua dona. Saímos várias vezes, até que não demorou que eu quisesse mais que apenas passear com aquela cachorrinha. Eu queria mesmo era sair com aquela garota que me apaixonei desde o primeiro dia que a vi, com aquele sorriso, com aquela forma meiga de tratar-me.
Com isso, me humilhei a Deus. Pedi desculpas pela minha incredulidade, pois nem fazia idéia que usaria deste recurso para unir-me a alguém. O que no começo parecia-me uma maldição, mostrou-se uma benção tremenda.
Quanto aos cravos, realmente a avó dela adorava-os, embora foi uma certa “coincidência” o floricultor saber para quem eles eram.
Nós dois? Não sei bem. Ainda estamos nos conhecendo. Eu espero que ela esteja tão feliz quanto eu estou, e sinto que não é o fato de firmamos algo que nos fará unidos, mas sim o que um sente pelo outro.
Eu sinto que tudo vem como Deus quer, afinal, foram coincidências muito intrigantes estas que se sucederam entre eu e ela. Inclusive, voltamos à loja de rações dias atrás, e soubemos que não somos o primeiro casal a ser unido por conta dos filhotes que passaram por aquela loja. Curioso isto também, não?...

Rony Gabriel

sexta-feira, setembro 09, 2005

Verdade e Sentimento

O mais gostoso de libertar a mente em texto, em palavras, é o fato de você por vezes conseguir falar exatamente o que alguém gostaria de ter dito, só que da qual não sabia as palavras exatas. É assim quando ouvimos uma musica, seja de dor ou de amor. É assim quando lemos, seja um livro de poemas, de ficção, ou mesmo a Bíblia Sagrada. É assim quando eu falo no meu blog, através de meus textos.

Minha maior gratidão é ver pessoas virem a mim e dizerem que o blog está sendo legal e que elas se identificam com o que eu escrevo. Isso me dá motivos maiores para continuar escrevendo aqui. Esta é, sem dúvidas, a magia da escrita. Da arte que todos sabemos fazer, mas poucos resolvem se dispor a executar exatamente isto: Redigir palavras que os outros gostariam de ter dito ou escrito.

Mas uma arte nunca é viva sem um sentimento. E no sentimento que eu vivo a cada dia, eu coloco aqui a verdade de meu coração. Uma vez, ouvi Chico Anísio falar que a mídia vive de duas coisas, das quais têm que andar juntas para todo projeto dar certo: Sentimento e Verdade.

Digamos a verdade, todos odiamos domingo na televisão. Mas quem nunca parou para ver uma família chorar ao ganhar novos móveis para sua casa, ou alguém que reata um casamento que havia se defasado pela falta de amor entre os esposos. Quem nunca ficou, lá no fundo, como se uma luz dentro de nós irradiasse uma sensação de alegria, ao ver um mulher que reencontra um filho sumido há anos, ou um namorado pedir em casamento aquela garota justo numa declaração de amor ao vivo, em meio a uma multidão de pessoas?

Somos humanos. Vivemos de Sentimento e Verdade. E vendo acontecimentos reais da vida humana, que nos fazem rir ou chorar, vemos a verdade e o sentimento ali emanar a mais alva luz que podemos ter em nosso olhar. Queremos brilhar para que outros nos vejam sorrir. Queremos também sorrir sozinhos, ao lembrar de um momento especial, com uma pessoa especial. E eu sou assim.

Eu uso de meu sentimento e minha verdade para que vocês que me lêem sintam o que eu sinto. Eu vejo que cada autor, em cada livro, em cada texto que leio, tenta fazer isso. E sempre, malditos, conseguem me fazer sentir dono, por pequenos instantes, daqueles textos que eles escreveram. E agora eu tento, com meu maior esforço, fazer com que todos que me lêem sintam isso também.

Assim, eu tento ser um pedaço de mim em texto. Em palavras. Em literatura. Tento lhe fazer ver a Verdade e o Sentimento em meu coração. Hoje, choro. Amanhã, vou rir mesmo! Eu sou assim. E isto não diz que sou inconstante em meus sentimentos. Pelo contrário! Diz que sempre sou eu sendo aquilo que estou sentindo. E sempre sinto forte e com vigor dentro de mim, seja algo de bom, ou de ruim. Eu sou constante: sempre vivo o momento, o amor do beijo que recebo, e principalmente, do beijo que dou.

Cada momento é único. Viver com Verdade e Sentimento é muito doloroso para aqueles que não exercitam sempre. Faça o aquecimento com seu coração! Exercite os dons mais nobres que Deus deu à todos nós: A capacidade de Sentir, e de Amar! Ame os amigos. Ame amigos do sexo oposto também! Sinta vibrar aquela música que é hino da fase que vive hoje. Sinta o abraço de quem te gosta. Sinta o calor do corpo que te anseia ardendo em desejo. Sinta e Ame!

Verdade e Sentimento. A verdade de nossos corações hoje, e a sensação da angustia de querer e não ter, de tentar e não conseguir, de amar e se enganar. Deixe o tempo levar as dores, e trazer a brisa agradável da felicidade. E depois, um dia, sentado com um neto seu, você vá contar como foi conhecer e dar o primeiro beijo naquela pessoa que viveu com você tanto tempo, e se tornou simplesmente a pessoa mais importante de sua vida.

Eu luto para que um dia tudo que eu escrevo, alguém lembre de ler. E que esta pessoa possa falar: “eis que este foi um escritor que escrevia com Verdade e Sentimento, assim como eu sinto agora.”

Rony Gabriel

quarta-feira, setembro 07, 2005

Sobre Eu, Ele, o Outro, e Alguém

Este texto nunca havia publicado. Fala de uma história de uma jovem, Eu, que era casada com Ele... e depois conhece Outro, e depois vive as aventuras de perder Ele, deixar Outro, até conhecer Alguém. O resto, confira no texto.


Sobre Eu, Ele, o Outro, e Alguém

Eu era casada com Ele.
Eu e Ele viviam felizes.
Mas Eu um dia conheceu um amigo de Ele.
Ele apresentou o Outro para Eu.
E, com a amizade na família, um dia Eu se viu pensando no Outro.
E o Outro estava entrando na mente de Eu.
Ele nem desconfiava, mas Eu desejava Outro.
E pensava: Se largar de Ele, vou atrás de Outro.
Mas Ele era bom pra Eu.
E Eu não tinha motivos para largar de Ele, e ir atrás de Outro.
Até que brigaram.
Eu perdia Ele.
Mas neste momento, Outro não valia a pena.
Engraçado. Eu pensava que Outro lhe faria feliz.
Eu até saiu com Outro.
Mas Ele quem Eu queria.
Eu não tinha mais Ele.
E Outro não satisfazia.
Então o tempo passou.
Eu estudou, se formou, abriu uma empresa.
Teve sucesso, mudou de vida.
Ele nunca mais foi visto.
Tanto que Eu esqueceu de Ele.
E Outro também sumiu.
Mas Eu encontrou Alguém.
E Alguém foi melhor para Eu que qualquer Outro, ou mesmo Ele.
E Eu casou com Alguém.
Alguém viveu com Eu pro resto da vida.
Embora Alguém não era nem Ele, nem o Outro.
Eu vive agora feliz com Alguém.
Então, melhor esperar Alguém.
Conhecer Alguém.
Que viver querendo Ele de volta, ou qualquer Outro.

Rony Gabriel

terça-feira, setembro 06, 2005

No manicômio de minhas lembranças

Como um nome simples,
O meu é agora na multidão.
Não vejo a tua sombra
Em meio de toda a escuridão.

Não é lamentável
Através de você eu ver ainda
Que não me vê mais
Com minha angústia revinda.

Andei entre os mortos,
Machucado como um anjo caído.
Agora eu estou decompondo
Cada triste momento traído.

Enfraquecido e abatido.
Sem fé nem esperanças.
Correndo por corredores frios
No manicômio de minhas lembranças.

Com sangue de meu punho
Escrevo meu testamento.
Deixo meu grito em silêncio
Vivo apenas em pensamento.

Rony Gabriel

segunda-feira, setembro 05, 2005

Privada à Jato nº 1

Bom gente.. tou inaugurando um novo espaço aqui no blog... é o Privada à Jato. Neste espaço, eu indicarei músicas, colocarei pensamentos, frases e falarei coisas mais breves que minhas laudas enormes das quais vocês estão acostumados a ler (ou deixar de ler, no caso de ver que escrevi demais..)

Queria hoje indicar algumas músicas que tocaram meus dias da semana passada.
Lá vão algumas:

"Eternal Flame", do The Bangles;
"Lost In Your Eyes", da Debbie Gibson;
"Up Where We Belong", do Joe Cocker;
e para os mais dramáticos e apaixonados, tem uma maravilhosa que chama-se "Right Here Waiting", do Richard Marx (esta realmente é comovente)
Agradecimentos à
www.sky.fm pela rádio online da qual descobri o nome destas músicas acima da qual eu tanto amava, mas não ouvia há séculos. E a Vanessa pela letra da "Right Here Waiting".

Todas do CD Echos e do CD Elodia, do Lacrimosa (boa música para quem gosta de Gothicismo e Alemão)
Agradecimento à Larissa Filth pelos cds que me deu, e que da qual procurarei retribuir algum momento!

"Onde Você Mora", do Cidade Negra e
"Amar é...", do Roupa Nova
Agradecimentos Especiais à Juice Meiguinha por estas músicas, da qual uma fez-me lembrar dum feliz passado que eu vivi em minha infância e não lembrava há tempos, e a outra que me traz a esperança de um futuro mais feliz ainda!

Até mais gente! Fiquem com Deus!
Rony Gabriel

Onde Há Deus, Não Há Acaso...

Uma vez, uma amiga da qual tenho muito carinho disse-me passar por problemas sentimentais. Eu tentei a fazer mais feliz mandando uma carta em um pequeno vaso de flores. E acho que consegui essa meta. Isto tem um bom tempo que aconteceu, e agora eu venho aqui para dividir com vocês o texto que eu mandei junto as flores. Com vocês, um remendo para corações tristes e às vezes desesperançados em encontrar um novo "grande amigo mais que amigo"...


Onde Há Deus, Não Há Acaso...

Curiosa é a forma como acontecem as coisas. Imagine que eu estava estes dias a andar por aí, e vi em cartaz no teatro da cidade uma peça. Algo no título me cativou: “Onde Há Deus, Não Há Acaso...”. Comprei meu ingresso, mesmo porque eu viria sozinho de qualquer forma, e voltei do centro para minha casa, pois avançava a hora e precisava terminar meus afazeres.

À noite, repousei e dormi um profundo sono. Tive um sonho. Sonhei com uma pessoa que nunca tinha visto na vida, ou se vi, não sei, não percebi. Talvez fosse aquele rosto que vemos uma vez na vida, grava-se na nossa mente, mas não tivemos tempo de analisar a sua perfeição. Acho que deve ter ao menos sido isso...

Bom, voltando ao sonho que tive, eu sonhei com esta pessoa. Uma garota bela, honesta e criativa. Ela não precisava de piadas para sorrir, não precisava de vulgaridades para ser feminina, não precisava decorar frases para dizer coisas belas. Fiquei embasbacado com a tamanha maravilha que meu sonho me proporcionou.

Estive com a imagem daquele rosto durante o dia todo. Trabalhava pensando naquela face, estudava lembrando daquele sorriso, andava almejando tocar naquela pele tenra que ela tinha. Meu Deus... Estava apaixonando-me por um sonho...

Caiu a noite, veio o momento de assistir a peça no teatro. Eu estava atormentado... Não sei, mas irrequieto fiquei com aquela personagem de meu sonho. Sentei em minha cadeira, e pouco antes da peça iniciar fiquei olhando os outros espectadores. Queria de alguma forma acreditar que aquele rosto que sonhei estaria ali, em algum lugar, também esperando para assistir a peça. Mas as luzes apagaram, as cortinas abriram, e eis que não tinha ainda achado aquela bela feição feminina que me perseguiu o dia todo. Cabia a mim, ali, somente contemplar o espetáculo.

Como disse a pouco, algo no título me dizia que era uma peça que não poderia perder. Entrou no palco um homem, o protagonista do enredo. Ele cantou alguma canção feliz de um coração amante, e me senti confortável com isso. Ele falava que havia sonhado com alguém, falava que procurava por este sorriso em todos os lugares... Por instantes, não sei se me esqueci daquele rosto que eu sonhei, ou se apenas disfarcei que não me importava mais com isto. Mas sei que tudo mudou novamente, quando vi entrar em cena uma moça. Sim... Era ela! Os olhos, a boca, o cabelo, a pele... Sim... Era aquele rosto que me perseguiu, em minha mente. Justamente a estrela do espetáculo...

Onde eu estava não era tão escuro. Havia um pequeno reflexo que deixava meu rosto numa meia-luz, e esta possibilitou que ela me visse em meio ao público. Ela, neste momento, recitava um belo poema. Ela tropeçou nas palavras, e ficou muito sem jeito. Mas como boa profissional das artes, se recompôs, olhou novamente para mim, como quem procurar confirmar se eu sou alguém que ela conhecesse, e voltou a recitar o poema. Após isso, quem tropeçou nos pensamentos fui eu.

Esperei o término da peça, e até este momento ela sempre olhava para mim, para confirmar algo que não sei o que seria. Fechadas as cortinas, dirigi-me na direção do palco, enquanto as outras pessoas vestiam seus casacos felpudos e se preparavam para sair do recinto.

No palco, eu mal cheguei às cortinas, ela me puxou pelo braço. Falou-me, diretamente e sem rodeios: - Não é possível você existir!

Eu fiquei atônito. Como ela podia dizer aquilo, se nem a conhecia? Eu em seguida bradei: - Você que me atormenta o dia inteiro depois de um sonho em que você me surgiu, e agora vem me dizer que eu não poderia existir?

Ela fez uma cara de espanto: - Você também sonhou comigo?
Eu que fiz cara de espanto: - Também? Espere... Também?
Ela abre um sorriso e diz: - Se fosse numa outra peça, eu poderia discordar. Mas se tratando desta, agora entendo porque onde há Deus não há acaso...
Eu também sorri um sorriso, que repentinamente foi interrompido pelo beijo doce e delicado dela.

O fim desta história eu não vou contar. Simplesmente porque não tivemos um fim ainda. Embora nossos filhos falem que escrever esta peça de teatro baseada em nossa vida deveria ter um fim, penso que contar que casamos, tivemos filhos e vivemos felizes não teria muita novidade. Mas acho que é isso que todos amantes procuram. Alguém que não dê um final feliz à sua história, mas sim que a continue por tempos e tempos com a felicidade, até o fim que Deus tem para todos nós. E eu e ela ainda estamos aqui. Agora, nossa história de vida é uma peça de teatro também, que está em cartaz pelo mundo todo. O nome? “Onde Há Deus, Não Há Acaso...”.

Obrigado por assistir ao nosso espetáculo, e que Deus coloque os acasos em suas vidas!

Rony Gabriel

domingo, setembro 04, 2005

Convicção e Decisão

Há algum tempo atrás, ouvi diversos conselhos que me remeteram a formar uma boa teoria para como funciona esse negócio de Paixão. Mas lógico que você vai dizer: "O que? O Rô descobriu como controlar o Coração?" Logicamente que não é isto. Mas entendendo com calma o que eu vou explicar, pode ser que você venha a desconhecer menos o que é este ser incompreensível que vive em nós que é a Paixão.

-------------------------------------

As pessoas vivem conhecendo outras pessoas do sexo oposto (considere este um texto heterossexual). Amigos apresentam amigos para amigos dos amigos. E vice-versa. Sempre estamos conhecendo um alguém novo, seja na faculdade, na escola, no ponto de ônibus, dentro do ônibus (sei que existem lugares melhores...), no trabalho, na balada, na igreja, em todo lugar. E para uma amizade recém-nascida decolar de fato, creia, tem que rolar uma mínima e ínfima paixão em pelo menos um dos dois envolvidos. Pode perceber que quando uma amizade entre um homem e uma mulher surge, exceto casos onde as pessoas tem que conviver juntas obrigatoriamente (como no mesmo setor de trabalho), um dos dois se apaixona levemente pela outra pessoa. É quase imperceptível, mas com um cuidado maior, você vai notar isto também.

A partir daí, você começa a se relacionar com esta pessoa meio que constantemente. E sem querer, surge aquela coisa boa de se ter, horrível de se perder e ótima de se concretizar. O desejo de ter este novo alguém por perto como seu melhor amigo, sua melhor amiga. Alguns, a isto, denominam como Paixão. Outros até confundem com Amor. Mas o Amor é algo que tenho certeza que só surge quando se tem tempo de união com outra pessoa.

A paixão está instituída. Mas geralmente não são os dois que se apaixonam. Eu sei que existem casos onde os dois se apaixonam, e se você notar um caso desses com você, não deixe escapar! Mas geralmente, em muitos dos muitos casos que ocorrem por todo o mundo, um dos dois se apaixona, e dorme e acorda pensando na pessoa desejada. Com o passar dos dias, o tempo começa a colocar a convicção de que aquela pessoa é quem você realmente quer consigo.

Tempo, tempo, passa o tic-tac do relógio. Até chegar o dia em que, de uma forma ou outra, acontece algo entre os dois. Imagine-se você, tocando os lábios daquela pessoa que tanto quis beijar, abraçando aquela pessoa que tanto quis sentir o calor. E agora, tudo é real.

Deus quisesse que fosse simples assim. Não basta um beijo no dia ideal. Não basta um abraço carinhoso no momento perfeito. É necessário que a outra ponta, aquela que não sabemos se está apenas a brincar conosco ou realmente sente o mesmo que nós, está fazendo e permitindo aquilo tudo acontecer porque ela quer o mesmo que nós. E pra dor e infelicidade dos corações apaixonados, geralmente não é porque ela está apaixonada.

A pessoa apaixonada é aquela que chamaremos de Convicta. É aquela pessoa que por uma certeza incerta, um pingo irracional de sentimento, tem a convicção de que a outra pessoa é o ideal para ela.

Já a outra, aquela que deixou acontecer o momento passa por uma opção: Ou depois deste momento, ela fica com medo e se afugenta, pois não é isto que quer para si (deixando um coração partido, infelizmente) ou toma a decisão de querer a outra pessoa por perto. A esta que resolve querer a outra por perto, para ver que frutos podem dar deste relacionamento, daremos o nome de Decidida.

E assim, juntas, Convicta e Decidida convivem e vão se conhecendo. Isto enquanto o tempo tenta fazer com que o amor surja, e aí, invertem-se os papeis. A Decidida passa a ser Convicta, e a Convicta, com o sentimento bem menos “a flor da pele” que antigamente, passa a ser Decidida. Neste ponto, está completamente firmado o namoro.

Convicção e Decisão. Pense bem: qual das duas pessoas é você?

Eu mesmo, sempre fui convicto nas histórias de minhas paixões. Vivi quebrando meu coração e meus sentimentos. Mas para inverter, atualmente eu quero ser o Decidido. Quero achar aquela pessoa que apaixone-se por mim, e da qual eu vou me decidir a tentar com ela. Mas não posso negar que eu ainda tenho resquícios de meu lado convicto. Quero ainda uma pessoa que me faça ver todas estrelas do céu caírem em minha mão, todas as luzes iluminarem seus olhos e brilharem para mim. Mas, de tanto que sofri, tenho receio de ficar convicto novamente, e me machucar. Então, agora quero ser o Decidido.

Mas o pior é se mesmo você, decidido a ser o Decidido, pegar-se Convicto de que alguma pessoa é a ideal para você. Não podemos controlar o coração. Então, tentar ser o Decidido não é tão simples. Ainda mais quando você é um romântico e bobo apaixonado como o que escreveu este texto.

Tanto falei, não cheguei a muitas conclusões. Mas eu lhe fiz pensar se é você quem se apaixona, ou permite que se apaixonem por você. Decida-se, convença-se. Mas indiferente de qual lado você está, deixe o coração lhe controlar! Pois a angústia que ele traz ao ser reprimido é tamanha que nos tira a vontade de fazer qualquer outra coisa senão pensar na pessoa de nossa paixão.

Pense na paixão como algo inevitável. Vão se apaixonar por você. Você vai se apaixonar por alguém. Apenas, deixe acontecer. Deixe a brisa do sentimento percorrer sua espinha, e lhe dar aquele calafrio que você não sabe se é alegria, se é tristeza. O grande filme de nossas vidas sempre começa com um trailer de outro antes. Temos que sofrer e chorar para nos tornarmos melhores. E um dia, naquele dia, você se lembrará deste meu texto.

Bom dia, a todos que se convencem, ou se decidem!

Rony Gabriel

sábado, setembro 03, 2005

Insônia

É madrugada, avançada a noite. Porém, estou com uma insônia prazeirosa. Algo me faz ficar acordado durante a noite, pensando. Não sei... Será algum problema do meu coração?

Eu andei meio carente. Acho que eu sou carente por natureza. Deus, na fila para descer com minha alma pelo elevador da vida, perguntou-me: "Filho, quer ser um rapaz cobiçado e rodeado de pessoas e garotas, porém sendo um canalha fútil, ou prefere ser um rapaz gentil e honesto, mas sofrendo de carência?" Se você não faz idéia de qual foi minha escolha, não me conhece...

Então, eu estou aqui. Insônia. Um sorriso lindo pode ser o motivo deste meu perdúrio noturno.
Engraçado, eu tinha desaprendido a ser bobo por uma coisa simples: amar. E o mais gostoso é que talvez ela não saiba. Não desconfie o quanto eu a quero perto de mim. Será que é cedo para falar que sinto isso? Bom, Deus sabe dentro de mim o que sinto e de quanto carinho preciso. A carência foi minha escolha no céu, mas não é meu destino na Terra. Deus não me permitiria sofrer mais do que já sofri com meu coração ser partido por quem não me mereceu...

Insônia. Eu quero acreditar que estou a me apaixonar. Me deixe dormir, preciso acordar. Me sinto bêbado de sono, mas com vontade de correr, sair da cidade, ir para outra, e vê-la, e abraça-la. Ela nem sabe o que sinto. Mas se for, se eu estiver acreditando mesmo nos sinais que Deus me dá, sim! É ela!

Começo a me debruçar no meu teclado. As palavras fogem de meu cérebro, e minha visão fica escura, por conta das pálpebras cansadas de lutar para olhar o monitor, com alguma foto dela.
Insônia, insônia. Que delícia sentir carinho por alguém. Não pela sua beleza, não pelo seu perfume. Mas sim, simples, pelo seu jeito de demonstrar quem é. E por falar bem de mim, mesmo mal me conhecendo.

Durmo. Agora, embalado por uma musica que me lembra a infância, aonde eu morei. Não tenho dinheiro, nem sei tocar instrumento algum, mas posso deixar minhas palavras, que em sonho eu imaginei para lhe falar. Insônia, foi embora. Sonho com um anjo que é você.

Rony Gabriel

quinta-feira, setembro 01, 2005

Releitura Escrita

Hoje vamos tentar uma nova forma de fazer literatura. A partir de obras de arte e gravuras que podemos achar nas profundezas da internet, vou criar textos com o contexto do que a obra me fizer refletir. Ao iniciar com esta viagem literária de fazer uma "releitura escrita" da obra em questão, espero que eu consiga dar mais cor as páginas deste meu blog.

Operários

Dia após dia,
Acorda o operário.
O relógio desperta,
Já está no horário.

Beija a filha,
Dá um gole no café
Despede da esposa,
Em Deus sua fé.

Desce do lotação,
Sobe em um trem.
Cumprimenta o amigo,
Vai pra obra também.

Evolui a metrópole,
Vai do solo ao teto.
Desaparece com o céu,
O Arranha-céu de concreto.

Coopera ao progresso,
Com a construção.
Seu modo, sua ordem,
Progride a nação.

Soa o apito,
Retoma o itinerário.
Ainda não é sexta,
Nem aumentou seu salário.

Ao chegar em casa,
Tenta se livrar da tensão.
Senta na poltrona,
Liga a televisão.

O noticiário do dia,
Ele vai assistir.
A empreiteira que trabalha,
Acaba de falir.

Ao pai de família,
Preocupação do sustento.
Agora o medo,
À mesa toma assento.

Dia após dia,
Acorda o operário.
O relógio desperta,
Já está no horário.

Currículo na mão,
Persiste a animosidade.
Procura outro emprego,
Por toda a cidade.

Rony Gabriel

(dados da obra:
Eugênio de Proença Sigaud
Operários
110 x 75 cm
óleo sobre tela
Ano: Séc 20 - Década de 60
retirado do site http://www.pinturabrasileira.com/)

O Vendedor De Flores

Este texto é meio velhinho, de meu passado, que ao fim da leitura logo vocês notarão. Espero que gostem, e que vejam que ser romântico não depende de escrever cartas de amor sempre, mas sim de escrever cartas com o sentimento real que se sente. Com vocês, uma das minhas maiores criações literárias...

O Vendedor De Flores

Uma manhã agitada na avenida da cidade, o baixinho vendedor de flores abre a sua barraca às 7 da manhã em ponto. Todas manhãs, mesmo aos domingos. E, embora não conhecesse todos rostos que com um sorriso compravam flores para alguém ou outrem, ele sempre os cumprimentava como pessoas que já havia intimidade há muito tempo.
E esse pequeno homem, sempre com seu pequeno boné, chegava até a pessoa e logo apontava uma flor. E bem dizia: "Aquele Crisântemo! Sim, sua irmã vai adorar colocar aquele crisântemo no quarto do novo bebê!"; ou senão dizia: "Acho que esta tulipa. Garanto, esta tulipa é uma ótima flor para a sua mãe". Esse baixinho tinha um belo dom. Um dom incomparável, tão belo e sincero como um abraço de reencontro a um velho amigo. Ele tinha o dom de saber para quem a pessoa ia dar a flor.

Isso era um tanto curioso. E um tanto bonito. Muitas vezes, enquanto adolescentes, chegavam alguns garotos, sem intenção nenhuma de comprar alguma flor, e logo o pequeno homem pegava sua vassoura, para acertar o traseiro desses moleques arteiros. Era engraçado ver...
E num fim de tarde, no horário onde geralmente ele já estaria com a barraca fechada, lá estava ele. E ele me chamou.
Fui até ele, e ele disse, me lembro com certeza, bem assim:
-Venha até aqui, rapaz!
-Mas... Mas eu não ia comprar nenhuma flor...
-Eu sei que não. Mas me deixe-me fazer um favor a você.
-Favor... Mas senhor... Do que se trata?
-Tome. Leve essas margaridas. Depois, você volte aqui e as pague.
-Mas para quem eu irei dá-las?
-Tome, tome! Se elas não lhe forem úteis, não precisa voltar aqui para me pagar!
-Mas...
-Vá, rapaz teimoso!

E eu tomei em mãos as flores. Margaridas tão alvas como fragmentos de nuvens. E, ao andar com aquele pequeno bouquet de flores, trombei com alguém, e ambos caimos.
Com um rosto branquinho e um cabelo contrastante num tom castanho muito terno, notei que era uma garota. Fiquei sem graça, e com um medo de dizer qualquer besteira ali e me passar por mais tolo do que já estava sendo com meu jeito desengonçado. Mas, a garota logo viu as flores. E quebrou o gelo que estava naquela situação: "Margaridas! Adoro margaridas!"

Sem entender como o velho baixinho sabia, eu logo notei que o que ele tinha me indicado realmente acontecera. E, ao notar que a garota linda que me esbarrou tinha adorado as flores, eu logo disse a ela: "Era justo pra você. Gostou?"

Ela nada entendeu na hora, mas, ao pegar as flores na mão, olhou para mim e me beijou. Novamente fiquei sem entender bem o que aconteceu. Mas, hoje, depois de tanto tempo juntos, resolvi perguntar a você o por que daquele lindo beijo que tivemos...

Eu acreditava que fosse por engano, ou por um sinal muito grato de retribuição. Mas hoje eu vejo que foi porque você e eu nos amamos ali, naquele momento aonde o destino inventou de nos cruzar.

E hoje, depois de tanto tempo, eu só tenho uma coisa pra te dizer, mas que representa todas as outras que não sei como dizer: EU TE AMO!!!

E, mesmo não sendo essa nossa história, teremos tempo, muito tempo, para que a cada novo dia, a cada nova carta, a cada novo conto, possamos provar que nos amamos, seja com flores, beijos, carícias ou olhares.
Se algum dia irei agradecer a língua portuguesa por alguma frase que eu realmente me orgulho de poder dizer, eu me orgulharia da frase EU TE AMO!!!

Aquele lindo beijo, e um ótimo dia, pra todos os dias em que o amor por mim em você viver!

De seu eterno escritor.

Rony Gabriel