quinta-feira, junho 15, 2006

Como você anda com Deus? Se sentindo feliz, ou sendo feliz?

Deus está completamente disposto e pronto a nos dar tudo o que sempre quisemos ou precisamos. Tudo, nos mínimos detalhes, e com a maior motivação possível. Mas, para que Ele nos contemple com esta Sua Graça, temos que deixar de transformar estas coisas que queremos em motivo para louvarmos a Ele.

Trocando em miúdos minha afirmativa acima, quero dizer que Deus não nos dá as coisas que pedimos justamente por causa da nossa mesquinharia em acharmos que apenas com elas nós conseguiríamos dizer que somos plenos com Deus. Pura mentira, pois o ser humano é ganancioso, e nunca está satisfeito. Assim, chega-se o dia em que Ele nos dá o que queremos, e ai esquecemos dEle, querendo mais outros "pedidos" ou não querendo mais nada e dando-nos por satisfeitos com nosso "auge espiritual". Puro Egoísmo.

O certo, é deixar pra lá. Você quer, e Deus sabe. Aí, quando Ele notar que ter ou não o que você gostaria não mudaria nada na sua proximidade com Ele, Ele lhe dará, com a segurança de não existir possibilidade alguma de perder você para o presente.

Será que aquele seu pedido que tanto quer Deus não deu ainda simplesmente por você fazer uma tempestade tremenda só por não ter isso? Ou pior, o fato de não ter lhe tem feito dividir-se em querer o que você quer, ou querer a Deus? Enquanto isso acontecer, Deus não vai lhe dar o que você tem pedido. Eu mesmo passo por isso, constantemente. Aí, pra tentar me acertar comigo mesmo e com Deus, eu me falo "Seja humilde, seu porco esfomeado! Veja que tem muito mais do que precisa, e tá aí transformando seu Deus em um Gênio que fica atendendo pedidos!". Vejo como eu sou mesquinho, em ficar querendo aquilo que quero mais do que querer ficar mais perto de Deus. E isso me faz sentir-me um trapo.

Achamos que precisamos "estar felizes", no sentido emocional da palavras, para estarmos em pazes com Deus. Ao contrário, felicidade é um termo bem mais abrangente do que "se sentir feliz". É ser feliz. E ser por conta de um Pai generoso que nos dá o basico que precisamos, e muito mais do que merecemos. Ser feliz é mais que saltitar por causa de uma paixão, por causa de um presente, por causa de um benefício. Ser Feliz É saber que ser um humano, capaz de pensar e de muito mais coisas, é tudo que precisamos para louvar a Ele.

Ganhar um presente de Deus, uma Graça Sua, não é pré-requisito para se sentir feliz com Ele. Agora, se sentir feliz com Deus sim, é pré-requisito para que tenhamos fé que Deus é Gracioso para dar aquilo que é de melhor para nós. Seja o que pedimos, seja o que Ele acha que é mais acertado.

Como você anda com Deus? Se "sentindo" feliz, ou SENDO feliz?

terça-feira, junho 13, 2006

A Tribo dos Sonacirema

Todos sabem que eu não sou de colocar aqui textos que não são de minha autoria, mas ao ler este que segue abaixo, eu fiquei intrigado em como o ser humano pode fazer coisas repugnantes...
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"A crença fundamental subjacente a todo o sistema parece ser a de que o corpo humano é repugnante e que sua tendência natural é para a debilidade e a doença. Encarcerado em tal corpo, a única esperança do homem é desviar estas características através do uso das poderosas influências do ritual e do cerimonial. Cada moradia tem um ou mais santuários devotados a este propósito. Os indivíduos mais poderosos desta sociedade têm muitos santuários em suas casas e, de fato, a alusão à opulência de uma casa, muito freqüentemente, é feita em termos do número de tais centros rituais que possua. Muitas casas são construções de madeira, toscamente pintadas, mas as câmeras de culto das mais ricas têm paredes de pedra. As famílias mais pobres imitam as ricas, aplicando placas de cerâmica às paredes de seu santuário.

Embora cada família tenha pelo menos um de tais santuários, os rituais a eles associados não são cerimônias familiares, mas sim cerimônias privadas e secretas. Os ritos, normalmente, são discutidos apenas com as crianças e, neste caso, somente durante o período em que estão sendo iniciadas em seus mistérios. Eu pude, contudo, estabelecer contato suficiente com os nativos para examinar estes santuários e obter descrições dos rituais.

O ponto focal do santuário é uma caixa ou cofre embutido na parede. Neste cofre são guardados os inúmeros encantamentos e poções mágicas sem os quais nenhum nativo acredita que poderia viver. Tais preparados são conseguidos através de uma serie de profissionais especializados, os mais poderosos dos quais são os médicos-feiticeiros, cujo auxilio deve ser recompensado com dádivas substanciais. Contudo, os médicos-feiticeiros não fornecem a seus clientes as poções de cura; somente decidem quais devem ser seus ingredientes e então os escrevem em sua linguagem antiga e secreta. Esta escrita é entendida apenas pelos médicos-feiticeiros e pelos ervatários, os quais, em troca de outra dadiva, providenciam o encantamento necessário. Os Nacirema não se desfazem do encantamento após seu uso, mas os colocam na caixa-de-encantamento do santuário doméstico. Como tais substâncias mágicas são especificas para certas doenças e as doenças do povo, reais ou imaginárias, são muitas, a caixa-de-encantamentos está geralmente a ponto de transbordar. Os pacotes mágicos são tão numerosos que as pessoas esquecem quais são suas finalidades e temem usá-los de novo. Embora os nativos sejam muito vagos quanto a este aspecto, só podemos concluir que aquilo que os leva a conservar todas as velhas substâncias é a idéia de que sua presença na caixa-de-encantamentos, em frente à qual são efetuados os ritos corporais, irá, de alguma forma, proteger o adorador.

Abaixo da caixa-de-encantamentos existe uma pequena pia batismal. Todos os dias cada membro da família, um após o outro, entra no santuário, inclina sua fronte ante a caixa-de-encantamentos, mistura diferentes tipos de águas sagradas na pia batismal e procede a um breve rito de ablução. As águas sagradas vêm do Templo da Água da comunidade, onde os sacerdotes executam elaboradas cerimônias para tornar o líquido ritualmente puro.

Na hierarquia dos mágicos profissionais, logo abaixo dos médicos-feiticeiros no que diz respeito ao prestígio, estão os especialistas cuja designação pode ser traduzida por "sagrados-homens-da-boca". Os Nacirema têm um horror quase que patológico, e ao mesmo tempo fascinação, pela cavidade bucal, cujo estado acreditam ter uma influência sobre todas as relações sociais. Acreditam que, se não fosse pelos rituais bucais seus dentes cairiam, seus amigos os abandonariam e seus namorados os rejeitariam. Acreditam também na existência de uma forte relação entre as características orais e as morais: Existe, por exemplo, uma ablução ritual da boca para as crianças que se supõe aprimorar sua fibra moral.

O ritual do corpo executado diariamente por cada Nacirema inclui um rito bucal. Apesar de serem tão escrupulosos no cuidado bucal, este rito envolve uma prática que choca o estrangeiro não iniciado, que só pode considerá-lo revoltante. Foi-me relatado que o ritual consiste na inserção de um pequeno feixe de cerdas de porco na boca juntamente com certos pós mágicos, e em movimentá-lo então numa série de gestos altamente formalizados. Além do ritual bucal privado, as pessoas procuram o mencionado sacerdote-da-boca uma ou duas vezes ao ano. Estes profissionais têm uma impressionante coleção de instrumentos, consistindo de brocas, furadores, sondas e aguilhões. O uso destes objetos no exorcismo dos demônios bucais envolve, para o cliente, uma tortura ritual quase inacreditável. O sacerdote-da-boca abre a boca do cliente e, usando os instrumentos acima citados, alarga todas as cavidades que a degeneração possa ter produzido nos dentes. Nestas cavidades são colocadas substâncias mágicas. Caso não existam cavidades naturais nos dentes, grandes seções de um ou mais dentes são extirpadas para que a substância natural possa ser aplicada. Do ponto de vista do cliente, o propósito destas aplicações é tolher a degeneração e atrair amigos. O caráter extremamente sagrado e tradicional do rito evidencia-se pelo fato de os nativos voltarem ao sacerdote-da-boca ano após ano, não obstante o fato de seus dentes continuarem a degenerar."

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Agora que você leu tudo, o que eu aproveito para lhe parabenizar, eu gostaria de mostrar quem são os Sonacirema: leia ao contrário a palavra...

Claramente, nós Sorielisarb, ou sendo mais ousado diria "nós, Sonamuh", também temos as mesmas práticas, mas no entanto deixamos de entender a verdade simplesmente pelo nosso preconceito e pelo nosso despreparo mental em analisar as coisas de outros pontos de vista senão o do nosso ego (ponto de vista este que encherga a nós mesmos como com mais razão que outras pessoas).


O que geralmente para outros pode ser normal, para as pessoas com pensamentos egoístas e preconceituosos poderá sempre parecer esquisitice.

Ah, e a coisa repugnante que eu falei, é justamente a de ser preconceituoso.

sexta-feira, junho 09, 2006

Sentar no banquinho da minha humildade...

Eu as vezes me queixo que tou escrevendo para as pessoas lerem, mas ninguém me lê. Pra quê então escrever? Tou descobrindo que escrever é perder tempo, se for assim.
Aí, as vezes eu noto que escrevo aqui o que eu deveria colocar em oração perante Deus. Assim, eu tinha o conceito de que se as pessoas lessem, Deus estaria lendo. Besteira!

Deus não precisa ler blog. Ele lê meu pensamento! Ele lê aquilo que eu não falaria nem pra minha mãe, nem pra minha esposa, nem para o pastor, nem para ninguém. Ele lê o meu profundo. O meu podre. O meu pior. Ele lê, e não tem vergonha nenhuma disso. Eu é quem tenho vergonha.

Sabe, eu sou pouco humilde. Sinceramente. Vira e mexe eu me vejo falando asneiras e me achando feito um tagarela. Que defeitinho repulsivo o meu. Parece que eu tenho que "ser alguém na vida". Grande porcaria ser alguém na vida! Ser popular? Ser atrativo? Na verdade querer ser essas coisa é ser palhaço. E pior que ninguém vai rir de minhas piadinhas auto-apelativas. Ser alguém na vida, na verdade, é ser alguém em Cristo. E somente isso.

Pensa comigo. De que adianta eu escrever aqui as orações que eu devia ajoelhar e falar com Deus? Desde quando Deus pede documento por escrito do que eu quero ou eu gostaria de fazer? Eu tenho é que orar! Tenho é que sentar no banquinho da minha humildade e entender que não preciso de ajuda de ninguém me lendo e falando "coitadinho..." pois eu tenho Jesus para me consolar e me ajudar. E ele manda quem for preciso para chorar comigo, num preciso me esconder atrás de textos bem elaborados.

Então, fiquem em paz. Eu tou meio revoltado comigo mesmo, mas é parte de minha mudança. Tem tanta coisa que eu quero, e que gostaria de escrever aqui, mas é besteira. Alguém vai me dar alguma coisa que eu pedir aqui? Duvido! Mas se eu orar a Deus, ahhh, Ele dá!

sexta-feira, junho 02, 2006

Acho que nunca estarei preparado...

Eu não sei muito bem o que é ser adulto. Nem sei o que é ter um filho. Isso são coisas para quem tem sua própria família vivenciar. Mas eu tive dois irmãos. Dois jovenzinhos que entraram na minha vida um dia e me fizeram muitas mudanças em minha rotina. Vou falar de um deles um pouco...

Eu era apenas um menininho de uns 6 anos quando meu irmão Rodney veio ao mundo. Sei lá porque razão meus pais pensaram em ter outro filho. Eu nem me sentia sozinho! Eu gostava de estar ali, e essa de "irmão" para mim era algo desconhecido. Assim como ter um filho é hoje em dia para mim. Apenas uma suposição. Algo que eu via na pré-escola, mas não entendia muito bem. Bom, o molequinho veio, e me fez um dos irmãos mais felizes do mundo.

As vezes, eu discuto com ele. Hoje ele tem 17 anos, e foi uma baita mudança desde aquela época. Lembro-me que ele tinha não mais que 1 ano e meio, e eu corria com pelo quintal de nossa casa em Santo André, para cima e para baixo com o carrinho de bebê que ele usava, e me lembro que ele se esgoelava de tanto dar risada. Parecia se divertir e achar o máximo aquela brincadeira toda. Acho que foi a primeira vez que realmente descobri o que era ter um irmão. E lembro que eu, com meus 7 anos, e com aquele pouquinho de tempo de vida, nos divertimos muito. Mas, a noite, tive uma surpresa muito triste: ter brincado com o menino fez ele ficar muito agitado, e a noite, ele chorava copiosamente. Acordou a casa toda, e minha mãe ficou superpreocupada. Não me lembro bem daquela noite, eu era muito jovem, mas acho que ela me perguntava se eu fiz algo com ele, se eu tinha dado algo para ele comer... Falei apenas que corria com ele para cima e para baixo no quintal. Sabe, eu voltei depois para minha cama e lembro também que chorei muito por ter causado aquilo. Não sei se notei isso logo, mas vi que eu tinha uma grande responsabilidade com a vida daquele baixinho. As coisas que eu fizesse perante ele poderiam interferir na forma dele agir. Foi o que aconteceu naquela noite.

Outra coisa que lembro, e essa noite eu sei que foi Deus quem esteve com minha família, foi numa madrugada que acordei assustado com o barulho todo que se dava pela casa. Minha mãe parecia preocupada, meu pai também. Morávamos em Mauá já, e acho que ele não tinha mais que uns 5 ou 6 anos. Eu tinha uns 12. Ele estava sentado no chão do banheiro, roxo, e parecia doente. Minha mãe logo me falou: ele não estava respirando. Meu irmão, naquele momento, estava desprovido de uma coisa que eu e vc temos em abundância, sempre, e nos esquecemos de agradecer a Deus: o ar. Não tinhamos carro, e o hospital mais próximo era a muitos quilometros de nossa casa. Meus pais resolveram acordar algum vizinho para pedir socorro. Minha mãe pegou meu irmão no colo e com toda sua força o levantou e levou até a porta de casa. Me pediu para trancar a porta ao saírem, e eu lembro que estava muito frio do lado de fora de casa, ao abrir a porta. Neste momento, meu irmão tossiu, e voltou a respirar. Ele havia ficado uns 10 minutos sem respirar. Foi terrível. Me imaginei perdendo aquele baixinho para a morte. Imagino meus pais o que não pensaram também. Graças ao nosso bom Deus, nenhum remédio, nenhum médico, nenhum ato curou meu irmão daquele momento. Foi simplesmente a graça dEle.

Outra vez, nesta casa mesmo em Mauá, minha irmazinha, Ingrid, apareceu com o cabelo todo picotado. Foi mais ou menos na mesma época da parada respiratória do nosso irmão. Minha mãe perguntou para ela o que ela fez no cabelo, mas logo a resposta apareceu com uma tesoura na mão: meu irmão falou que eles tavam brincando de "beleleiro". Foi um sarro... Mas minha mãe foi levar depois a menininha para acertar o cabelinho numa cabeleireira de verdade.

Novamente, meu irmão em apuros. Outra vez, estavamos no centro de Santo André, e por um descuido de minha mãe, o menino sumiu no meio da multidão. Andamos e andamos quadras e quadras atrás dele. Eu não entendia o que estava acontecendo. Meu irmão sumiu! E eu via a aflição da minha mãe em procurar aquele menino. Andamos muito mesmo no centro da cidade, e foi perto da estação de trem do centro da cidade que fomos achar ele. Ele estava com uma outra senhora, que nos disse que estranhou ele com uma mulher que não parecia ser a mãe dele. Ela notou algo errado, e tomou o menino das mãos dela. Deus do céu... Para onde a primeira mulher que estava com meu irmão o iria levar? O que aconteceria com o menino? Acho que ninguém nota o real valor daqueles rostinhos em caixa de leite, aqueles rostinhos em emails que as pessoas dizem que é uma criança desaparecida. Eu também não notava, mas relembrando deste fato, me veio a mente como eu sou um banal mortal que também age assim, as vezes diminuindo as dores dos outros apenas por não as entender. Naquele dia, eu poderia ter perdido meu irmão para sempre.

Teve muitas outras vezes que eu senti como amava este meu irmão. E sinto que eu estarei preparado para um dia perder meus pais para o fim da vida aqui na terra. Mas, perder meus irmãos, acho que nunca estarei preparado. Assim, os amo, e as vezes nem falo por conta da correria do dia a dia, mas hoje eu queria dizer ao meu irmão Rodney, que eu o amo, e que mesmo a gente brigando, mesmo a gente sendo tão diferente. eu preciso dele.
Preciso de você, cara!

TE AMO, meu irmão RODNEY.
Deus sempre te abençoe, assim como sempre abençoou te livrando de tantas.
Sou grato a Ele pela Graça de te ter como meu irmão de sangue e de lutas.

Rony Gabriel

Ingrid, aguarda que logo é sua vez!

quinta-feira, junho 01, 2006

Será que gosto da neve?

Será que gosto da neve?
Eu não sei. Ja me pensei indo para um país gelado, feito o Canadá ou a Suíça... Mas será que eu vou gostar do céu de lá?
Eu amo o céu. Eu amo as nuvens. Deus nos deu tudo isto, e eu amo louvá-lo por eles.
Mas, e a neve? Também vem do céu. Mas não sei se gosto.

Não sei se gosto, pois nunca vi. Nunca senti. Nunca toquei.
Quero saber como é!
Pra saber se gosto!
Pra saber se tem gosto!
Pra saber o sabor!
Tocar, brincar, pular. Sentir o aroma gelado da neve tocar o solo.
Entender o porque Deus a fez.
E nunca dizer que não gosto, sem nem saber como é.

De tudo que Deus criou, tudo que na natureza existe, eu quero poder provar, poder sentir.
Quero entender o motivo que me faz gostar das nuvens, sendo que só tenho elas aqui na minha terra.
Quero de tudo provar. Mas de tudo que Deus inventou.
Me ajuda a pedir isto para Deus? Vai que você ajudando Ele me dá?

Papai do Céu, me faz conhecer este mundo. Me faz colocar o pé na estrada e nunca mais voltar.
Não sem antes conhecer as maravilhosas coisas, mas só as que você quis criar!

TE AMO DEUS!

Rony Gabriel