quarta-feira, março 22, 2006

O Poeta e o Cristão

O poeta chora a vida por achar que seus poemas certo dia esquecerão
Pior ainda chora os dias por nem todo pensamento poder ir para o papel
Sofre o amor pois com amor se sente dor de ter amor que não é amor
A felicidade é tão longe do poeta como a imensidão do tamanho de Deus

O cristão louva a vida pois é com vida que se vive os dias
Melhor ainda louva os dias por crer que todo pensamento será guardado
Deus onisciente tudo vê tudo sabe até o que eu penso
E armazena pensamentos para na eternidade termos tempo deles falar

O poeta chora a dama, sofre a cama, morre a cana
Boemia sofre a vida que vivida tem um fim
Consciência e abnuência nada salvam esta vida
Está isolado e fadado está sozinho mal amado

O cristão ama a dama, queima a chama, louva e clama
Liturgia mostra a vida que vivida não tem fim
Paciência e abstinência salvam esta nossa vida
Está cercado e tufado está com um Pai abençoado

Uni os dois
Do poeta o melhor do cristão o melhor
Com pensamentos guardo poemas que jamais serão perdidos
Na mente do Pai Eterno vou viver cantando versos

terça-feira, março 21, 2006

Singeleza. Nos dias de hoje, onde está tua realeza?

Estes dias tenho sido incomodado com uma percepção meio triste. Acho que tanto orei para Deus me dar sensibilidade ao mundo novamente, que eu acabei tomando parte em uma verdade que tem me deixado bem chateado em olhar ao meu redor. Notei que, infelizmente, acabou-se a inocência do mundo.

Singeleza. Isto está faltando nos dias de hoje. Falta na TV, falta nas revistas femininas, falta nos jornais, falta nos out-doores, falta nas faculdades, falta na avenida, falta nas crianças, falta na vida real. Não se acham mais rapazes singelos. Não se acham mais meninas recatadas. Ou melhor: como uma raça em extinção, estes espécimes são valiosos como araras sendo contrabandeadas para países de primeiro mundo. “Eu queria transar com um rapaz virgem” foi uma destas frases que eu ouvi no rádio, por uma artista. A vontade de corromper quem é puro sempre é uma coisa excitante para quem sente prazer no pecado.

Parece que a candidez de ser uma pessoa “não-comercial” não tem tido mais valor no mundo atual. Engraçado, eu vejo essas meninas nas faculdades, com micro-saias, saltos-altos, tatuagens provocantes, decotes que mostram até o umbigo e cigarros nos lábios, e não acho que uma garota destas sirva para ser mãe de uma criança que refletiria a pureza de ser criança. É triste, mas com um mundo que vende sexo e vícios às suas crianças, o que podemos esperar do futuro?

Roupas curtas. Crianças de dez, doze anos, com uma sensualidade a mostra como se fossem mulheres realmente prontas para terem relacionamentos adultos. Deus do Céu! Onde está nosso bom senso! Alguma coisa está acontecendo ao nosso redor, e não conseguimos intervir. Não é a toa que temos uma avalanche de adolescente e crianças sendo mães e pais por aí. A mesma capacidade que um adolescente não tem de criar um filho, deveria ser a mesma medida para o separar do mundo corrompido que a singeleza não tem mais conseguido suplantar. Estamos nos dias onde amor é uma palavra que significa “sexo com sentimento”, onde a palavra meiguice significa “sensualidade infantil”. Temos uma pedofilia moral e social atualmente, e está difícil encontrar uma forma de reverter este quadro. A depravação é algo minúsculo perto do mal que os programas de televisão tem feito a nossas crianças, perto do mal que tem sido feito dia após dia com os pequeninos que deveriam olhar para o mundo com inocência.

Lembro-me quando eu via a Xuxa de saia curta junto com aquelas paquitas, e para mim nada era mais ingênuo. Mas, hoje, meus olhos mudaram. Se visse aquilo agora me instigaria a ter pensamentos tão pecaminosos quando os próprios atos que cometem aqueles que dão muito espaço para estes pensamentos. Decotes, tatuagens, piercings, todos em lugares e de formatos estratégicos a vender o corpo das pessoas como seu maior atributo. Rapazes vivendo de injeções de anabolizantes e de drogas para serem “deuses gregos”. Uma heresia capital que tem feito com que os rapazes simples, as vezes gordinhos, as vezes magrinhos, se sentissem inferiores. Que faz as garotas simples e sem o padrão de beleza “comercial de cerveja” se sintam menos bonitas. Besteira! Hoje, só por não falar palavrões, não fazer comentário com argumentos picantes, ou não querer sair por ai “ficando na noitada”, os jovens padronizados e estilizados pelo marketing libertinoso acusam os outros de homossexuais ou trouxas. Bah!

Atualmente, perdemos a singeleza. Deus quer e tenta nos dar singeleza novamente. Afinal, Jesus disse: “Em verdade vos digo que se não vos converterdes e não vos fizerdes como crianças, de modo algum entrareis no reino dos céus”. O que ele fala aqui é da simples pureza de não ver pecado nas coisas. De ser puro de coração. De ser simples. De ser você mesmo, e não um produto padronizado pelas marcas de grifes, pelos maços de cigarros e pela venda do corpo em uma prostituição psicologica. É ser uma criança, mas não ser imaturo. É ser singelo. Amanhã, quando a hora chegar, e Cristo voltar, você será singelo o bastante para parecer-se com uma criança?

Singeleza. Nos dias de hoje, onde está tua realeza?

Innocence
Seventh Day Slumber

Something I'm not supposed to talk about
The way you violated me
Something that I could've lived without
The way you put your hands all over me
I wonder do you lie awake and think at night?
How you tore my innocence in two.
I wonder do you cry yourself to sleep at night?
'Cause I can tell you it's what you made me do

(Chorus:)
And I can't get back my innocence
I can't get back my innocence
how could you steal my innocence?
how could you steal my innocence?

Sometimes I think about what I would do
If I ever saw your face again
So many untold stories only you can tell
Guess i'll just let God contend with you

(Chorus:)
And I can't get back my innocence
I can't get back my innocence
how could you steal my innocence?
How could you steal my innocence?
I can't get back my innocence
I can't get back my innocence
How could you steal my innocence?
How could you steal my innocence?

God gave me back my innocence
God gave me back my innocence
God gave my life back to me
God gave me back my innocence

domingo, março 19, 2006

Ele Me dá um amor, que com palavra alguma eu poderia demonstrar.

Eu estava tão triste por não conseguir escrever... Perdi horas e horas olhando para o monitor e tentando encontrar frases que mostrassem o que sinto por ti. Talvez escrever seja a minha mais bonita habilidade, e eu não a consegui usar para descrever o que sinto...

Talvez, assim como Deus não deu a capacidade ao homem de compreender o infinito, acho que também não deu a capacidade de compreender totalmente o amor. E pela minha falta de compreensão, não consigo escrever mais nada que reflita o quanto te amo. Eu me joguei num precipício com fé no meu Senhor de que eu poderia voar, e agora que vôo, não sei como descrever a sensação do vento batendo no meu rosto, a sensação de cortar as nuvens, a sensação de voar com os pássaros. Nunca voei até Deus me dar você. Nunca pensei o quanto seria bom te achar, e te amar.

Será que as palavras me faltam pois só os anjos sabem falar nas línguas que podem expressar o que eu sinto por ti? Será que só Deus, o único que pode medir o infinito, compreender nosso cérebro e contar os átomos de nosso universo, pode entender e quantificar o que sinto? Eu tenho certeza que Ele sabe. Afinal, Ele é o motivo de eu ter lhe encontrado. Não foi o destino. Não foi o acaso. Foi Ele.

Ele me dá um presente, que com dinheiro algum poderia comprar. Me dá um sorriso, que com piada alguma poderia criar. Me dá uma paz, que com acordo algum poderia firmar. Me dá você, que com detetive algum eu poderia encontrar. Me dá seu carinho, que com distância alguma poderia afastar. Ele Me dá um amor, que com palavra alguma eu poderia demonstrar.

E não há pecado em te amar. Não há erro em me lançar. Não há sofrimento em me atirar. Você fez o mesmo, estamos juntos. Em cinco, voando nas nuvens. Eu, Espírito Santo, Deus Pai, Deus Filho, Você. E eu amo a esta força universal que Reina nos céus, na Terra, e nas nossas vidas. E eu amo também você.

Te Amo Debbie. Obrigado por deixar Deus trazer tantas alegrias e felicidades para minha vida através da sua.

Rony Gabriel

sexta-feira, março 10, 2006

Privada à Jato nº 6 - Cartas de Um Diabo a Seu aprendiz

Este é mais um livro que eu ainda não li, mas gostei da resenha. "Cartas de Um Diabo a Seu Aprendiz" é um dos mais criativos e bem humorados livros que o famoso escritor C. S. Lewis deixou para a nossa apreciação. Pelo que pude notar no que li pela internet, Lewis, com um humor sem igual, aborda neste livro o diálogo entre o Diabo e um aprendiz seu (algum demônio) através de cartas, levando um estudo quanto as fraquezas e virtudes dos humanos. Irreverente, cômico e com um teor verídico de como somos frágeis sem fé em Deus, Lewis escreve neste livro um verdadeiro estudo da diminuta capacidade humana em manter-se em retidão, porém do ponto de vista do próprio "inimigo". Veja um trecho simples, da qual o Diabo fala a seu aprendiz sobre o orgulho humano:

"Agarre-o no momento em que estiver realmente humilde e insinue-lhe o pensamento: 'Quem diria! Sou humilde!'. Imediatamente surgirá o orgulho por sua profunda humildade. Se ele despertar para o perigo e procurar sufocar essa nova forma de orgulho, que se orgulhe dessa tentativa - e assim por diante, em tantos estágios quantos quiser. Mas não por muito tempo, para não lhe despertar o senso de humor e da proporção; nesse caso, ele rirá na sua cara e irá dormir" (Letter XIV).

Outra sacada muito interessante é sua afirmação, logo no prefácio, de como acredita na existencia do Inferno e do Diabo, e também como é contra o pensamento maniqueísta:

"Ora, se por 'Diabo' entende-se uma potência oposta a Deus, existente por si mesma desde toda a eternidade, a resposta é certamente 'não'. Não existe ser incriado, exceto Deus. Deus não tem opostos. Nenhum ser poderia atingir a 'perfeita maldade', oposta à perfeita bondade divina, visto que, tiradas todas as espécies de coisas boas (inteligência, vontade, memória e a própria existência) nada restaria dele. O certo seria perguntar-me se creio nos diabos. Sim, creio. Ou antes, creio nos anjos e creio que alguns deles, abusando do livre-arbítrio, tornaram-se inimigos de Deus. (...) Satã, líder e ditador dos diabos, é o oposto não de Deus, mas de Miguel".

Eu, sem dúvida, já comprei meu exemplar. Só não li ainda....

Abraços para a Nelma e para a Grá,
da Livraria Água Viva, aqui em Marília.

quarta-feira, março 08, 2006

Quanto vale a impressão amarga de um compromisso? Não sei dizer, mas eu só tenho sentido doces acontecimentos em meus lábios...

Era uma família nordestina. Destas assim, simples, sem muitas coisas a levar consigo. Certo dia, devido à fome que assolava seu povo, esta família resolveu ir para a cidade grande. E foram. Marido, esposa, e dois filhos homens.
O pai da família morreu, pelo que dizem de infarto, e o tempo passou. Os rapazes cresceram, conheceram certas mulheres da cidade grande, e casaram-se. Viveram juntos, todos, por uns dez anos.

Em certa época, novamente esta família sofria uma perda. Na verdade, uma não: duas. Indo trabalhar, o ônibus que levava os dois filhos daquela senhora viúva sofreu um acidente, e os dois morreram, junto a vários outros trabalhadores. Ficaram então, daquela família, as três viúvas: a sogra e as duas noras.

Nesta mesma época, ouviam-se boas notícias da terra natal daquela senhora, da qual havia se reestabelecido da fome, e agora haviam empregos e moradia para todos. Assolada pela desventura de perder toda a família naquele local em que vivia atualmente, e sabendo que estava sozinha de seus familiares, resolveu partir de volta para o nordeste. Suas noras resolveram ir com ela.

A sogra, porém, achou aquilo um engano. Mandou-as que voltassem para a casa de seus pais. Elas ainda assim insistiram. Novamente, a sogra impeliu que elas ficassem na cidade grande, pois ela mesmo não poderia dar para elas novos maridos, pois aqueles que morreram eram seus únicos filhos.

Uma das noras se despediu cordialmente da sogra e voltou à casa de seus pais. Já a outra, Rute, disse que ainda sim permaneceria com a sogra. A sogra novamente a disse para ir, assim como a concunhada. Com firmeza e determinação em seu coração, esta nora que se compromissava a ficar, disse:

“Não me instigue a te abandonar e deixar de te seguir. Onde você for eu vou; onde dormir, eu vou dormir ali também; o teu povo será o meu povo, o teu Deus será o meu Deus. Onde você morrer, eu vou morrer ali também, e que eu seja sepultada neste mesmo lugar.“

De tão trágica a história desta senhora que perdeu a família toda, ao chegarem à cidade em que viveu por tantos anos antes de ir para a cidade grande, todos sabiam o nome daquela mulher: Noêmi
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Compromisso: porque essa palavra soa tão pesado para as nossas vidas?

É complicado entender o que nos faz fugir dos compromissos. Uma vez mesmo, uma garota falou a mim que estava angustiada com seu namorado, pois acreditava que ele iria em breve a pedir em casamento. Perguntei-a se gostava do rapaz. Disse-me que realmente gostava dele. Então, perguntei se firmar o compromisso seria ruim, e ela disse que sim, pois achava-se muito nova para casar. Dito e feito: o pedido de casamento veio; o “não” como resposta também; a frustração de um relacionamento que até ia bem; o fim de tudo.

Havia um rapaz que trabalhava em uma empresa como cobrador, visitando casa em casa, de moto, cobrando o valor dos serviços prestados por esta empresa. Nunca dava o sangue pelo trabalho. Achava que aquela profissão não era o que ele merecia. Não queria ser cobrador para sempre, e por isso não demonstrava mesmo muito compromisso com aquela função. Certo dia perdeu o emprego. O motivo alegado pela empresa foi justamente a falta de dedicação.

Outro rapaz, certa vez, estava em dúvida em qual vestibular iria prestar. Não sabia o que queria fazer. Passou num curso chamado “Biblioteconomia”, e por não saber previamente o que este curso era, não se dedicou, ao fim do ano reprovou, e desistiu daquela faculdade.

Pessoas perdem coisas boas por causa da falta de compromisso. Perdem oportunidades, às vezes únicas na vida, pelo simples fato de se acharem: despreparadas; novas; imaturas; melhores que o oferecido; incapazes de dar conta do recado; sem vontade mesmo; e outros tantos motivos. No fim, tudo se resume a não querer arcar com as conseqüências de uma decisão tomada.

O compromisso mesmo não é nada. O medo é de falhar com o que seremos, com o que dizemos, com o que prometemos. Temos medo de sermos apontados na cara com um belo de um dedo indicador e nos sentirmos os piores do mundo, só porque falhamos. Aí, entra até a falta de compromisso conosco mesmo, pois não somos aptos a assumir nossas próprias virtudes e méritos.

Aonde chegaremos, nesta vida, sem compromissos? Eu um dia tive a noção plena que a vida é formada por projetos.

Você quer comprar uma moto, vai montar um esquema de economia financeira. Largará um pouco de gastar com lanches e saidinhas no final de semana, vai economizar nos gastos supérfluos, e assim busca que lhe sobre o dinheiro para a aquisição da moto ao fim de um período. Isto é um projeto.

Você quer fazer uma faculdade que sempre teve vontade, mas atualmente não tem recursos para pagá-la. Então resolve fazer um cursinho, tentar uma pública, ou senão resolve fazer um curso técnico na mesma área, para já se adiantar do conhecimento que terá que obter na faculdade. Isto também é um projeto.

Você quer montar um fã-clube e um site sobre os BackStreet Boys. Resolve então que primeiro procurará fotos, depois reunirá tudo, vai escrever umas matérias sobre a banda e depois corre atrás de associados para o clube a fim de bancar os custos da hospedagem do site em um provedor. Isto, mesmo sendo uma coisa tosca, é um projeto.

Então, na vida, tudo que queremos fazer se resume em projetos. E projetos são compromissos. Se queremos algo, nos mudamos, nos alinhamos, nos melhoramos, a fim de que este compromisso aconteça.

Já para jovens, inclusive para mim mesmo, é difícil tomar decisões e compromissar-se com elas. Temos medo de falhar. Então, vamos assumir o compromisso conosco mesmo de assumir nossas falhas, e todos outros compromissos serão mais fáceis de aceitarmos e tentarmos cumprir.

Falhar é parte da arte de viver. Mas garanto, se você resolve tomar o compromisso de se assumir como ser humano, falho e passível de erros, é muito mais fácil lidar com os compromissos a mais que nos surgem a frente. Porque tantos jovens não vão à igreja? Pois tem medo de falharem, acreditando que quem é de igreja não pode ser falho. Outra coisa, é que se você resolve mesmo assumir os compromissos que lhe surgem à frente, você começa a ser recompensado. As pessoas pegam confiança em você. Olham para você como uma pessoa séria, de princípios e caráter. Vêem em você algo mais, que atualmente poucas pessoas têm. E com isso, confiam a você muito mais coisas do que você já pensou possuir ou controlar.

Sabe aquela garota, a Rute, do começo desta postagem? Ela depois encontrou um homem muito rico que gostou dela, na terra de Noêmi, e casou-se com ele. Se tivesse ido para a casa de seus pais, teria perdido esta baita benção! E em falar no conto, ele foi uma adaptação que eu fiz do início do livro de Rute, da Bíblia Sagrada, e recomendo que você leia, caso queira saber o que o compromisso gera de bom nas nossas vidas. É um livro curtinho! Comprometa-se a ler e leia! Vale a pena!

Quanto vale a impressão amarga de um compromisso? Não sei dizer, mas eu só tenho sentido doces acontecimentos em meus lábios...